A produção integrada e as agroindústrias de alimentos fortalecem o agronegócio na região. O setor é um dos esteios da economia e, além de gerar renda às famílias nas propriedades, também cria empregos e proporciona desenvolvimento social.
Para contemplar as diversas oportunidades, empresas promovem investimentos e ampliam a capacidade. Já para suprir os elevados custos de produção nas indústrias de carnes, o setor aposta no incremento das áreas de grãos. A soja, o milho e o trigo, além do valor de mercado, são os principais componentes da nutrição animal.
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Com o desafio de tornar o produto final mais competitivo, a Languiru anunciou R$ 40 milhões para a compra de unidade na área portuária de Estrela. O complexo de armazenamento e secagem de grãos tem capacidade total estimada em 60 mil toneladas. As operações devem iniciar ainda em dezembro.
Conforme o presidente da Languiru, Dirceu Bayer, essa estrutura deve complementar a demanda na fábrica de rações e aproveitar o potencial logístico. “Estamos ao lado da BR-386 e já existe uma infraestrutura de ferrovia que ingressa na área, e o porto, tudo isso muito nos interessa.” Outra cooperativa a promover investimentos é a Arla. O volume total previsto para o próximo ano alcança R$ 35 milhões. A maior parte dos recursos será para unidades de grãos, entre elas uma em Doutor Ricardo. A estrutura para atender a microrregião alta do Vale ainda contempla loja agropecuária.
Conforme o presidente da Arla, Orlando Stein, os valores já foram aprovados pelo conselho e há uma expectativa muito forte para o agronegócio. “Nossa preocupação é que o governo interfira nas relações de mercado. Se deixar da forma como está, teremos muitas oportunidades em fornecer alimentos ao mundo.”
Esse otimismo pela valorização dos grãos também incentiva o aumento de área por parte dos produtores. Dados da Emater/RS-Ascar indicam o cultivo em 58,1 mil hectares, o incremento em relação à safra passada chega a quase 3%.
AMPLIAR ESCALA E DIVERSIDADE DE PRODUTOS
Duplicar a capacidade de armazenamento de grãos também é a estratégia da Dália. A cooperativa assinou em setembro contrato de financiamento com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) no valor de R$ 20 milhões.
Outra parte do valor será destinado para o depósito de leite UHT e melhorias no frigorífico de frango. Essas mudanças contribuem para qualificar o fluxo operacional e aumentar a escala de produção.
Ao mesmo tempo, a cooperativa aposta na diversidade de produtos. O crescimento da Dália a partir do segmento de suínos também é registrado com aves, leite e ração. Para os próximos anos a estratégia é investir em automação e rentabilidade para promover melhor distribuição de resultados.