A força do agro, o potencial do turismo e a localização estratégica atraem cada vez mais investidores ao Vale. Ao viabilizar os empreendimentos, há benefícios diretos e momentâneos com a implementação das estruturas. Nesse caso, a contratação de trabalhadores e serviços locais retroalimenta a economia.
Já a partir do momento que forem consolidados, os empreendimentos passam a beneficiar a região com a dinâmica e resultado dos negócios. Além disso, atraem mais pessoas, ampliam resultados e mostram a dinâmica da prosperidade do Vale. Essa é a avaliação da economista Cintia Agostini, que alerta para a necessidade da qualificação profissional.
Ainda de acordo com Cintia, muitas dessas conquistas são resultados dos expressivos projetos de infraestrutura nas décadas de 60 e 70. O diferencial agora é a origem das iniciativas, que passam a ser do setor privado.
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Ao aproveitar as características do Vale, muitos dos empreendimentos surgem às margens da BR-386, que se consolida como corredor para o desenvolvimento regional. Um destes exemplos é o 386 Business Park. De acordo com o CEO do Richter Gruppe, José Paulo Richter, o Vale vive um novo momento.
“Temos uma região diversificada, com 36 municípios pujantes e suas particularidades. Com mais uma etapa de duplicação da BR-386, a rodovia se consolida como passarela para nossos negócios”, avalia Richter.
Dessa forma também define o 386 Business Park como vitrine. O complexo comercial e turístico oferece cerca de 100 terrenos e estimativa de atrair mais de R$ 200 milhões em investimentos, além de gerar 500 postos de trabalho. Nessa primeira etapa, a empresa Medical San conclui a instalação da nova sede. Também está em obras no local uma praça interativa que destaca os atrativos das cidades do Vale.
CINTIA AGOSTINI, ECONOMISTA
“A região vai crescer cada vez mais”
Quais foram as contribuições das obras de infraestrutura nas décadas de 60 e 70 para o desenvolvimento econômico e social do Vale?
Cintia Agostini – Tendo infraestrutura energética, de rodovias e de telecomunicações, os outros negócios conseguem pensar a alavancagem e se beneficiar a partir destas perspectivas. Tivemos no Brasil e no mundo investimentos robustos do setor público. Naquela época várias obras estavam vinculadas ao governo que, com o passar dos anos, repassou as estruturas ao setor privado por meio de concessões.
– O que impulsiona esse novo ciclo de obras e quais os impactos?
Cintia – Os limites de capacidade, seja na energia, logística ou comunicação, proporcionam oportunidades. Quando consolidados, a dinâmica da economia é beneficiada e seus resultados geram mais negócios. Isso tende a atrair pessoas, e mostra que é uma região próspera repleta de atrativos para outros investidores.
O que o Vale pode esperar a partir dos investimentos da iniciativa privada para os próximos anos?
Cintia – Todos os investimentos conquistados vão promover um novo ciclo de desenvolvimento na região. Isso favorece e propicia mais dinamicidade, competitividade e produtividade. Ao mesmo tempo há retorno direto com a contratação da mão de obra, consumo no comércio local e retorno de impostos.
Quais são os desafios diante desse novo momento?
Cintia – São diversos. Tanto na perspectiva de impulsionar os negócios quanto na visão empreendedora de viabilizar os investimentos. Outra situação é a mão de obra, não somente em quantidade, mas pela qualidade que os empreendimentos requerem. Nesse sentido há o desafio de manter as pessoas com conhecimento e atrair outras para a região.