Seguindo a luz do sol

Opinião

Carlos Martini

Carlos Martini

Colunista

Seguindo a luz do sol

Por

Lajeado

Muuuuuito legal a iniciativa da Girando o Sol na sua pujante estrutura industrial recentemente implantada em Arroio do Meio. Fui lá discretamente com a patroa conferir o lançamento da decoração e dos eventos complementares em referência à data máxima da cristandade, o Natal.

Uma beleza! Merece um parabéns o seu Gilmar, a empresa, e o seu Immich. Muito mais do que uma bela atração meramente comercial, são valores e princípios que são plantados e disseminados, inclusive para os que virão depois de nós.

Acionando meu Achômetro de precisão: quem nasceu numa simples manjedoura, no caso um simples tanque de lavar roupas, tem mesmo que agradecer e destacar algum eventual “dedo” da Divina Providência que indicou o melhor caminho a seguir. E eles existem realmente, pelo menos para os chamados homens (e mulheres) de boa fé. A médio e longo prazo, mantenha o foco no Bem Comum. Mesmo com alguns eventuais atropelos no meio da caminho, não tem como errar. Afinal essa (*)ôrra funciona bem há mais de dez mil anos, deve ter seu valor.

Pronto! Esgotei meu limitado estoque de filosofia empresarial pro resto do ano.


De peladas e copas

Quando eu era guri e comecei a participar de peladas de futebol, entrei primeiro em campo como goleiro, que era a escalação dos menos habilidosos com a bola no time. Levei alguns frangos e também fiz belas defesas, inclusive uma vez quebrei o braço direito na cobrança de um pênalti (os dois ossos!) feita por um zagueirão de quase dois metros de altura, chutando uma bola de couro molhado pela chuva que devia pesar uns cinco quilos disparada a 120 quilômetros por hora. Apesar da difícil defesa do pênalti e do conserto do braço no HBB, meu time perdeu o jogo por 10×9 (jogo de pelada costumava ter placar dilatado).
Mas o meu sonho era jogar na “meia cancha”, nem precisava marcar gols – o que sempre é uma glória – , gostava mais de organizar a articulação entre defesa e ataque, fazer um passe esperto para algum ponteiro ou ponta de lança, desarticular ataques do adversário no espaço em que qualquer jogo se define mais cedo ou mais tarde.
Com muito empenho cheguei mais tarde a essa posição no time do então Colégio São José – hoje Castelinho –, onde também fui capitão por uns tempos. E marquei dois gols numa bela partida em que, infelizmente, no final, fomos derrotados por 5×4. Minha glória nesse esporte não durou muito, porque a única coisa que me complicava era o domínio de bola. E a propósito: se futebol não tivesse bola eu estaria na Seleção Brasileira (kkk).
Por que falo nisso agora? Porque me veio à memória uma frase que me foi dita pelo nosso técnico da época, um Irmão Marista: “a vitória é um estado de espírito”.
Impressionante como essas memórias da juventude vem à tona em certos momentos, e quão valiosas elas são. O que significam “vitórias” na vida de cada individuo em particular? Só ele ou ela mesma podem dizer.
Parodiando com uma frase de efeito pronunciada recentemente por outro ilustre monocrático “deseleito”: perdeu (ou ganhou), mané? Eu como então desilustre “mané” acho que ganhei todas.


 

De copas e peladas

Aproveitando o período de Copa do Mundo, a empresa administradora da famosa marca Louis Vuitton teve a bela iniciativa de colocar frente a frente num mesmo tabuleiro de xadrez dois dos maiores ícones do futebol mundial da atualidade: Cristiano Ronaldo e Lionel Messi.
A dupla tem históricos pessoais muito parecidos e ambos oriundos de famílias humildes. Cristiano veio de Funchal, da Ilha da Madeira, possessão portuguesa, seu prenome foi dado pela mãe, por motivações óbvias de fé. O segundo nome foi influência do pai, admirador político de Ronald Reagan, então presidente dos EUA. Se a bola não chegar “quadrada” pra ele, é gol na certa! Messi veio de Rosário, Argentina, e com sua estatura nanica de um metro e quarenta, era e é até hoje um “serelepe” no meio dos zagueirões, não tem lugar onde ele não dê dribles magistrais ou dê passes especiais de primeira para colegas do time.
Eu não sou muito afetado por bens de status, muito menos por bolsas, malas, chinelos e cuecas “de marca”. Acho uma baita frescura, mas não tenho nada contra quem aprecie se mostrar e aplica seu próprio suado dinheiro nisso. Pra mim, uma sacola do Imec ou do STR tem a mesma utilidade que uma “necessaire” da Vuitton, mas eu sou eu e tu é tu.
Voltando à vaca fria. A exemplo de muitas outras marcas famosas, essa também não fabrica mais “ôrra” nenhuma, é tudo terceirizado. Administram a marca, que é o filé do negócio e já é complicado que chega. Mas independente de quaisquer circunstâncias, é preciso dar o reconhecido mérito a quem merece, como faziam os Maristas do tempo do saudoso Colégio São José com suas medalhinhas de Honra ao Mérito.

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