“Me sinto como o pai das quadras do CTC”

ABRE ASPAS

“Me sinto como o pai das quadras do CTC”

Natural de Santana do Livramento, Rildo Gusmão Riefer mora em Lajeado já faz 18 anos. Há 14 é o responsável por cuidar das quadras de tênis do Clube Tiro e Caça. Querido por todos no CTC, acumula histórias e diz se sentir privilegiado por poder trabalhar nos grandes eventos do clube, como o Lajeado Open

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“Me sinto como o pai das quadras do CTC”
Crédito: Caetano Pretto
Lajeado

O que te trouxe a Lajeado?

Quando vim para cá fui trabalhar em um frigorífico. Não era bom, um trabalho difícil. Trabalhei três anos e meio com uma faca na mão, volta e meia me cortava. Pensei, isso não é para mim. Tentei trabalhar em um açougue no mercado, também não foi muito bom. Como minha esposa trabalhava com uma mulher que era do Clube Tiro e Caça, consegui um emprego aqui. Vim para trabalhar no pátio, mas olhava para as quadras de tênis e era o que me chamava a atenção, já tinha uma certa experiência em outros clubes na adolescência. Já são 14 anos cuidando das quadras do CTC.

Como eram as quadras quando chegou?

Quando cheguei, olhava para elas e via que faltava um cuidado, um carinho. Não tinha ninguém responsável por dar atenção exclusiva às quadras de saibro. Também não tinha tanto investimento como hoje em dia. Um dia me perguntaram se eu tinha conhecimento sobre elas e eu disse que sim. Me botaram para ser o responsável. Limpar, raspar o saibro, botar pó, molhar. Foram gostando e eu fui aprendendo cada vez mais. Botei a vontade e virei especialista. Hoje sei cuidar delas como ninguém.

Como se sente quando elogiam as quadras do CTC?

Sinceramente? Elogio não enche o bolso nem a barriga. Brincadeiras à parte, é bom sim receber elogios. O meu serviço é só nas quadras, então quando ouço algo, fico feliz. Quem é que não gosta de um elogio? Me sinto como o pai das quadras do CTC. Aqui em Lajeado eu tive um reconhecimento que nunca tive na minha cidade natal.

Que histórias te marcaram nestes 14 anos?

Teve vários casos. Em torneios, de ter uma equipe para trabalhar. De ver grandes tenistas jogando nas nossas quadras. Já aconteceu de bater boca com juiz porque ele queria dizer como eu devia trabalhar. E meu amigo, ninguém conhece mais essas quadras do que eu. Claro que acontece de às vezes ensopar uma quadra demais, mas nada que atrapalhe muito.

Como está sendo trabalhar no Lajeado Open?

Para mim isto é um privilégio. Junto com meus colegas, trabalhando em um torneio de alto gabarito. Nem imaginava como era. Tem gente aqui que é da organização da Confederação Brasileira de Tênis, tenistas também do mais alto nível. É algo fora do nosso normal do dia a dia. É um prazer trabalhar aqui.

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