“Vocação religiosa não surge  de uma hora para outra”

ABRE ASPAS

“Vocação religiosa não surge de uma hora para outra”

Com atuação comunitária e na igreja Nossa Senhora Imaculada Conceição, no bairro Moinhos, em Lajeado, o aposentado Renato Bergmann, 69, recebeu a ordenação diaconal. A solenidade foi conduzida na semana passada pelo bispo diocesano Dom Aloísio Dilli. O rito confere atribuições para conduzir batizados, casamentos e outras celebrações da comunidade católica.

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Atualizado terça-feira,
22 de Novembro de 2022 às 14:23

“Vocação religiosa não surge  de uma hora para outra”
Crédito: Divulgação
Lajeado

Desde quando faz parte da comunidade no bairro Moinhos?

Sou natural do interior de Venâncio Aires e na década de 80 vim morar em Lajeado. Trabalhei nos Correios e em paralelo mantive atuação voluntária no bairro Moinhos. Também integrei as diretorias da comunidade São José e já auxiliava nas celebrações religiosas. Com o apoio da esposa Nelda, reforcei essa participação e contribuímos para fortalecer a vida em igreja.

Qual a inspiração e como surgiu o interesse pelo trabalho na igreja?

Estudei na então Escola Normal Rural Estrela da Manhã, hoje um instituo estadual, onde participei de várias atividades comunitárias. Já o sentimento de fazer o bem pelo próximo foi algo natural e cada vez mais demandado. Posso dizer que não teve um momento decisivo, é algo como uma planta, cresce ao natural. Além disso, tive forte influência do diácono Lindor Baron. Ele foi muito atuante na formação de diáconos e um grande professor na vida religiosa.

O que representa a ordenação diaconal?

É um momento importante na vida que não há como descrever. Toda a solenidade conduzida pelo bispo Dom Aloísio foi algo especial que marca uma trajetória. E a partir dessa etapa o comprometimento é maior perante a comunidade. Já atuava como ministro de liturgia, mas ao ser reconhecido como diácono abre possibilidades para conduzir batizados e casamentos.

Qual a diferença entre as atribuições de padres e diáconos?

O diaconado é tão antigo quanto o presbiterado. Apenas não podemos acolher confissões e consagrar a hóstia. Ao mesmo tempo, nosso trabalho vai ao encontro da falta de padres. A participação na vida religiosa reduziu nos últimos anos e cada vez está mais difícil encontrar pessoas com essa vocação. Por conta disso, a participação de leigos volta a ter maior representatividade.

Como faz para conciliar a vocação religiosa e o convívio em família?

O fato de estar aposentado contribuiu para essa dedicação ao trabalho na igreja. Ainda assim, sempre nos ensinaram que a família vem em primeiro lugar. Acredito que sou inspiração para eles, tenho um filho que também integra grupo de canto desde os 8 anos. É uma forma de viver que traz muita paz e orgulho. Quero dar sequência a esse trabalho e fazer com que outras pessoas se interessem em ajudar as instituições de onde vivem.

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