Juntas ou separadas?

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor de Mercado e Estratégia do Grupo A Hora

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

Juntas ou separadas?

Por

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Expovale + Construmóbil ou cada uma por conta? O destino – mas mais a pandemia – juntou as duas feiras numa inédita exposição no parque do Imigrante. A grande pergunta que fica após os portões fecharem as 18h de domingo é se cada uma volta a trilhar um caminho ‘solo’ ou se a Acil manterá a junção das duas feiras.

Nos corredores do parque, ouço opiniões divergentes, ainda que seja unânime a percepção de que a qualidade e o nível da feira deste ano se elevaram muito. De fato, os estandes estão mais robustos, imponentes e o investimento dos expositores foi bem acima daquilo que se via em outras exposições, especialmente na Expovale.

A direção da Acil já está e continua ouvindo os expositores para colher mais informações antes de emitir qualquer conclusão a respeito. Com o resultado da feira percebido nos primeiros oito dias (restam sábado e domingo) meu voto seria a favor de manter a junção. Mas trata-se apenas de uma opinião deste escrevinhador, sem base nos resultados projetados e obtidos por cada um dos que participaram da feira. Os pontos positivos e negativos serão confrontados, por obvio, e serão o grande indicador para a tomada de decisão.

Uma outra questão importante para ser avaliada é com relação à estrutura do Parque do Imigrante. Uma feira do tamanho e da proporção que acompanhamos até o domingo merecia – e merece – uma estrutura à altura. Vide o auditório, os banheiros, a climatização, para citarmos algumas precariedades eloquentes. Se tivéssemos uma grande feira apenas a cada dois anos, teríamos, inclusive, mais tempo para pensar, projetar e agir em relação à estrutura do Parque do Imigrante. Cedo ou tarde, isso deverá ser encarado. E quanto antes, melhor.

Crédito: Felipe Neitzke


Apelo para a energia renovável

A Expovale + Construmóbil, que termina neste domingo, retrata com precisão o quanto a demanda por energia solar cresce todos os dias. Tanto dentro quanto fora dos pavilhões, são dezenas de empresas que ofertam o serviço. Mais do que uma tendência, mostra que o sistema já virou realidade. Na Sicredi Integração RS/MG, por exemplo, dos mais de R$ 20 milhões de intenções de crédito já protocolados, a busca por financiamento para sistema de energia solar está no top 3.


Parabéns aos presidentes!

Graciela Black, da Acil, Miguel Arenhardt, da Expovale, e Joni Zagonel, da Construmóbil, foram incansáveis na organização e na dedicação aos 10 dias de feira. O sucesso da Expovale + Construmóbil podemos colocar muito na conta destes três voluntários e de outras dezenas de pessoas que emprestam seu tempo, e muitas vezes dinheiro, para se dedicar à organização deste grande evento.

A triste e complexa decisão de cancelar a realização das feiras por dois momentos dentro da pandemia foi suplantada por um evento que ficará para a história da Acil. Parabéns aos organizadores.


Como levar a sério?

A edição do jornal A Hora dessa quinta-feira, dia 17, trouxe uma reportagem de duas páginas em que detalha um estudo da Confederação Nacional dos Transportes (CNT). O levantamento feito anualmente traça um panorama das condições das rodovias país afora, entre as quais, as principais da nossa região.

E para a minha surpresa – e de toda a torcida do Lajeadense e do Guarani de Venâncio – a rodovia  RSC-453, entre Lajeado e Venâncio Aires aparece com classificação de boa. Olha, se essa rodovia é para ser boa, eu pergunto aos meus botões o que é uma rodovia em estado precário. Tem cada estudo que aparece, que é complexo levar a sério.

A RSC-453 é uma das piores do estado e ainda tem pedágio no caminho. Crédito: Felipe Neitzke


A demora de Lula

Lula já devia ter anunciado quem será seu ministro da economia a partir de janeiro. O país vive em meio a um fogo cruzado, onde a instabilidade e a insegurança econômica invadem corações e mentes, ainda que as projeções para 2023 sejam melhores do que foram aquelas para 2022.

Fato é que o mercado aguarda com ansiedade o nome de quem comandará o principal ministério no governo Lula. Caminhamos para a terceira semana pós eleição e nada do presidente eleito tentar amenizar a agonia que os empreendedores vivem diante das incertezas com a troca de governo. Afinal, quem será o substituto de Paulo Guedes? Qual perfil e linha de atuação será colocada em prática no país? O nome do novo ministro responderá boa parte dessas perguntas.


E os protestos seguem

Uma onda de ameaças se espalha pelo país, especialmente nas regiões sul e sudeste, para uma possível paralisação de caminhoneiros. De novo. Antes mesmo das manifestações de inconformismo contra a vitória de Lula se encerrarem, caminhoneiros incitam parar os caminhões na beira das rodovias.
Nada do que foi dito ou feito por Lula e sua equipe de transição até aqui é capaz de acalmar os ânimos dos milhões que esperavam a vitória de Bolsonaro. Nem haveria de ser diferente. Os manifestos que persistem e os que estão por vir só reforçam o quanto Lula será vigiado e não terá vida fácil para conduzir o país nos próximos anos. A demora para anunciar os ministros mais estratégicos só contribui para essa instabilidade.

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