“Toda viagem tem algum  lugar que fica na memória”

ABRE ASPAS

“Toda viagem tem algum lugar que fica na memória”

Natural de Bom Retiro do Sul, Kauê de Campos Teixeira, 31, adaptou a kombi 2003 para servir para o trabalho na construção civil e passeios aos fins de semana. O veículo, chamado Kombi Kaunay, foi equipado para as necessidades da família e as viagens são registradas no Instagram @KombiKaunay. Nos planos de Kauê, o próximo destino no volante da kombi é o Uruguai.

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“Toda viagem tem algum  lugar que fica na memória”
Crédito: Bibiana Faleiro
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Qual é a história da kombi?

Tudo começou com um vídeo na internet. Eu queria viver uma vida mais light, não viver de status, e pensei, bah, tenho a kombi, usava para serviço. Comecei a olhar uns vídeos no Youtube, de um casal de Caxias, e uma vez eles tavam na Praia do Rosa, em Santa Catarina, e comecei a bolar como podia fazer.

Precisava de um sistema que pudesse trabalhar com ela e utilizar a kombi para passeios. Fui aprimorando a ideia, fiz a cama com tudo dobravel, tem frigobar, microondas, ventilador, TV, fita de led, tudo com o móvel que é colocado e retirado da kombi. Eu queria viver com o necessário. Até minha cabeça mudou bastante. Hoje, minha mente está mais calma. Antes eu tinha que trabalhar bem mais para manter a vida que eu tinha.

Você fez toda a reforma?

Tudo fui eu que fiz. A chapeação, pintura. Desde os 16 anos eu trabalhava como metalúrgico e ali eu comecei a trabalhar com cola, diluir tinta, catalisar, e foi indo. Tem mais valor sentimental tu mesmo fazer do que mandar fazer. A reforma foi feita em novembro de 2021, e a gente foi para Garopaba no fim do ano passado. Eu, minha esposa Nayara e minhas filhas, Ágatha e Alicya. Ficamos 10 dias lá, na kombi e um chalé, e depois fui visitar meu pai em Floripa.

Como o nome Kaunay foi escolhido para a kombi?

Toda kombi tem que ter um nome. Eu olhava uns videos no Youtube, era kombi Filomena, kombi Gertrudes, era kombi Italaia, Felicia, dai pensei em colocar um nome na minha. Quando eu estava namorando com minha esposa, um amigo brincava e me chamava de Kaunay, que era junção de Kauê e Nayara, e ficou. Daí pensei em colocar esse nome. A kombi veio para mim para ter uma qualidade de vida, para aproveitar mais os momentos.

Já estão planejando uma nova viagem?

Eu faço parte do grupo KCTV, e estamos participando dos encontros agora. É bom tu não estar sozinho desse meio. Tem muita gente que vem de longe e a gente vai se conhecendo. Cada kombeiro tem um estilo de vida e um estilo de montar a kombi. A gente começa a fazer amizades, trocar ideias. Já fomos também para Gramado e Canela, Colinas e acampamentos em passeios de fim de semana. A nossa ideia é ir até o Uruguai. Tenho um amigo que está em Punta del Diablo com a Kombi Pérola Negra.

Quais os maiores desafios de viajar de kombi? E as melhores partes?

O mais difícil às vezes é o calor. A kombi também é um veículo pesado para dirigir. E o mais “tri” é tu curtir os lugares que tu vai. É outra vibe. Toda viagem que tu faz tem algum lugar que fica na memória. Na hora que a gente partir dessa vida, não vamos levar nada. Mas essas coisas, os passeios, vão ficar na memória.

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