A administração de Lajeado avança na construção da primeira clínica veterinária municipal. Depois de abrir licitação no fim de outubro, o Executivo deve definir a empresa responsável pela obra nos próximos dias. A abertura das propostas ocorre na próxima quarta-feira, 16. O investimento previsto é de R$ 610,2 mil.
Com projeção de executar até 30 atendimentos diários, a clínica será construída no bairro Conventos, ao lado do canil municipal. A estrutura terá 184,72 metros quadrados. Os projetos estrutural, arquitetônico e elétrico foram desenvolvidos por engenheiros e um arquiteto do município.
Conforme o secretário municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, Luis Benoitt, a intenção de construir uma clínica veterinária se dá pelo alto custo do município com castrações de animais abandonados e de famílias carentes em clínicas conveniadas. Além disso, o canil não tem capacidade adequada para a execução do procedimento.
“Inicialmente, vamos seguir com o atendimento de pessoas de baixa renda. Hoje, nós terceirizamos castrações fora e isso gera um custo a mais para o município. Com a clínica, teremos esse espaço próprio, com uma sala cirúrgica bem compatível e moderna”, pontua. No local, também serão feitas cirurgias diversas, diagnósticos clínicos e atendimentos gerais aos animais.
Baixa renda
Segundo Benoitt, desde março, o município encaminhou 587 castrações de cães e gatos em clínicas terceirizadas. São animais de tutores de baixa renda, habilitados no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) que não possuem condições de arcar com os custos do procedimento em clínica particular.
“Se for orçar, não baixa de R$ 500. É complicado para quem ganha um salário mínimo”, frisa o secretário. O custo do governo com castrações terceirizadas chegou a R$ 179 mil neste período. Deste valor, R$ 142 mil foram para procedimentos em cães e gatos do sexo feminino.
Profissionais
Para atuar na futura clínica, Benoitt comenta que o município conta com uma médica veterinária. “Nós encaminhamos pedido para mais um profissional, pois só teríamos um, além do pessoal da limpeza e manutenção”, frisa.
