A arte de fazer inimigos

Opinião

Filipe Faleiro

Filipe Faleiro

Jornalista

A arte de fazer inimigos

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

A eleição terminou. Ainda que existam alguns dissidentes batendo continência nas trincheiras ideológicas, está na hora de começarmos a brigar por outras coisas. Vamos virar a página desse ringue político, de canhotos versus destros. Como sou ambidestro, não entendo essa confusão.

Entre as temáticas interessantes para mantermos o enfrentamento social, sugiro voltarmos às raízes. Quem sabe pagode contra rock? Quem é Nirvana perto do Molejo? Ou Rolling Stones na comparação com o Trio Mocotó?

Na arte de fazer inimigos tenho pós-graduação. Minha especialização é esculachar o senso comum. Renato Russo – vamos brigar agora – foi um chato. O som é “paia”, as composições enfadonhas e não tenho nenhuma memória afetiva por “Faroeste Caboclo”.

Veja só, é a história de um bandidão esotérico. O que levou o João de Santo Cristo a ameaçar o general de dez estrelas? É mesmo por ele ser do signo de Peixes com ascendente em Escorpião? Destemido e temido por conhecer astrologia? Sei lá, pra mim um mestre do crime que lê horóscopo não inspira credibilidade.

Agora, em qual canto vou ficar? No lado do samba ou do rock? De fato, prefiro continuar batendo nos dois. Dou o tapa e escondo a mão. No morde e assopra, ao mesmo tempo que critico também vejo qualidades. Como no nosso país não é possível ficar em cima do muro, permaneço na defesa da ironia. Entre levar gostos pessoais ao nível UFC e fazer a piada com a pequenez humana, sigo no humor, uma das armas mais potentes para ridicularizar qualquer polarização.


Tem rádio na escola

O Colégio Castelo Branco, maior escola pública da região, retomou nesta semana a Rádio Escola. Acompanhei a transmissão dessa nova temporada. A professora Vilma Carrasco Lema, responsável pelo projeto, ressalta o protagonismo dos alunos, tanto em buscar o engajamento de colegas à montagem dos equipamentos às transmissões.

Também importante destacar o investimento por parte da instituição. A diretora, Jurema Ferreira de Oliveira, destaca que o projeto se incorpora ao novo Ensino Médio, nas trilhas de Empreender, Comunicar e Transformar. “Queremos aprimorar nossos projetos, sempre pensando em oferecer o melhor aos alunos.”

Também conheci alguns dos alunos responsáveis pela Rádio Escola, como as coordenadoras do turno da manhã, Thueicy Soares, e Milana Feil. Para além de garantir a trilha sonora do recreio, os alunos conhecem técnicas de locução, de comunicação, oratória funcionamento de equipamentos de áudio e também em vídeo. Em uma transmissão ao vivo pelo Instagram, durante a feira do livro, tiveram mais de 5 mil visualizações.

A turma da rádio pela manhã: Lívia, Natasha, Jean, Eduarda, Jéferson, Mayara, Vilma (professora) e a diretora Jurema. Em frente, Milana e Thueicy. Crédito: Filipe Faleiro


Trilha para o conhecimento

No Mundo Senai, tive a satisfação de mediar uma conversa muito bacana com alunos da primeira turma do Trilhas da Inovação e os que fazem as formações deste ano. Também houve a participação do secretário de Desenvolvimento de Lajeado, André Bücker, e do diretor executivo da Agência de Inovação e Desenvolvimento Local (Agil), Cristiano Zanin.

Dos 69 alunos certificados na primeira edição, conforme o gerente da unidade, Jerry Hibner, são pelo menos 17 que ingressaram no mercado de trabalho, por meio do Jovem Aprendiz. Também continuam a formação técnica.

Estamos falando de um primeiro contato com o mundo do trabalho ainda no Ensino Fundamental. São adolescentes que iniciam uma caminhada com mais base sobre qualidades e aptidões. Enquanto o mercado diz que falta mão de obra, uma forma de mudar essa realidade é possibilitar conhecimento a esses estudantes. O Trilhas da Inovação é uma das grandes iniciativas do Pro_Move.

Por mais de uma hora, conversamos sobre planejamento de carreira e sobre a importância da educação para melhorarmos nossa vida e a nossa cidade. Crédito: Filipe Faleiro

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