Conselho fiscal rejeita propostas e venda dos imóveis segue indefinida

CLUBE ESPORTIVO ARROIO DO MEIO

Conselho fiscal rejeita propostas e venda dos imóveis segue indefinida

Sede social e campestre estão avaliadas em R$ 11,8 milhões. Direção aguarda novas propostas para vender os espaços ociosos desde 2019

Conselho fiscal rejeita propostas e venda dos imóveis segue indefinida
Sede campestre na Barra da Forqueta está avaliada em R$ 6,9 milhões. Proposta de compra não agradou o conselho fiscal. Crédito: Gabriel Santos
Arroio do Meio

A direção do Clube Esportivo Arroio do Meio (CEAM) havia anunciado a venda de todos os seus imóveis em setembro. Um mês após a divulgação do edital, o conselho administrativo recebeu duas propostas para compra e rejeitou. A decisão foi tomada em assembleia realizada no último domingo, 6.
Sem atividades desde 2019, a administração do clube decidiu em julho a venda da sede campestre, na Barra da Forqueta e a sede social na rua Doutor João Carlos Machado, esquina com a General Daltro Filho.

Com a publicação do edital de concorrência privada, houve seis interessados, porém duas propostas foram efetivamente apresentadas, avaliadas e rejeitadas pelo conselho fiscal. Segundo o presidente Ricardo Alviggi Cimirro, os valores não agradaram os conselheiros que agora definiram um valor mínimo para compra de ambas as sedes.

Se não houver interessados, os valores sofrem correção de acordo com o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Não há prazo estipulado para a venda. Localizada às margens da ERS-130, a sede campestre possui quadras esportivas, campo de futebol, piscinas e salão de festas e está avaliada em R$ 6,9 milhões. Já o prédio da sede social, em frente à Praça Flores da Cunha, no Centro, tem 1,1 mil metros quadrados e é avaliado em R$ 4,9 milhões.
Conforme Cimirro, o clube sem atividade e poucos associados decidiu vender as estruturas físicas. “Ficou inviável manter tudo”, afirma.

Se a venda dos imóveis se confirmar, o estatuto prevê que os valores serão repartidos entre os associados patrimoniais. Conforme Cimirro, cerca de 102 associados teriam este direito, por estarem com a mensalidade em dia. Segundo ele, a gestão lutou nos últimos anos para deixar as contas em dia. Mais de R$ 200 mil em dívidas foram quitadas. Houve tentativas de alugar os prédios e terrenos para outras empresas e clubes da região, sem êxito.

Encerramento definitivo

Com a venda dos imóveis, a diretoria pretende encerrar o clube em definitivo. A intenção é fazer a divisão dos valores entre os associados patrimoniais e seguir a tramitação prevista no estatuto sob acompanhamento de uma assessoria jurídica. Segundo Cimirro, a venda é discutida desde o ápice da pandemia, em 2020. Naquele ano, a diretoria ofereceu a sede social ao governo municipal, mas não houve interesse.

O CEAM foi fundado em 1º de dezembro de 1913, antes mesmo da emancipação. Em 2010, o clube uniu-se ao Arroio do Meio Piscina Clube. Ambas entidades tornaram-se uma entidade única. Décadas atrás, as duas tinham, juntas, mais de 800 pessoas no quadro social.

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