Qual foi sua inspiração na música?
Na infância frequentava rodeios na região e gostava muito de gaita. Essa paixão pela música fez com que um tio emprestasse o acordeon. Esse foi o primeiro instrumento que aprendi a tocar aos 12 anos. Foi tudo muito rápido e aos 13 já fazia apresentações por meio do Colégio Teutônia. Naquela época meu professor e maestro era o atual diretor do GA, Edson Wiethölter.
Em que momento decidiu seguir carreira na música e ensinar outras pessoas?
Quando completei 18 anos, tive a experiência de educador musical no interior de São José do Sul. Naquele período também fui professor em Imigrante e mais tarde ingressei no GA. Mantive outros projetos de música em paralelo e sempre na busca por qualificação. Aprendi muito com grandes professores do Brasil e do mundo.
Como foi ingressar na orquestra do Colégio Gustavo Adolfo e atuar na consolidação da parceria com a Univates?
Minha história no GA começou em 2010. Naquela época era uma orquestra escolar e quando o aluno se formava no Ensino Médio ficava fora do grupo. Com o projeto junto da Univates esse cenário mudou e abriu possibilidades de continuar o trabalho e ter um grupo cada vez mais qualificado. Agora, nosso desafio é tornar até 2030 a orquestra filarmônica. Para que isso seja possível, trabalhamos com dois grupos. Hoje são 32 músicos no grupo principal e mais 45 na orquestra base. Esses músicos têm uma rotina de dois ensaios semanais e uma média de oito apresentações por mês até o fim do ano.
Há oportunidades para quem busca a profissionalização na música?
Tive uma experiência sensacional. Desde cedo o trabalho desenvolvido no Grupo Instrumental 25 de Julho e depois na Orquestra Teutônia me proporcionaram oportunidades e conhecimento na área. Hoje, há ainda mais chance no mercado da música. Vários estudantes que sempre estiveram conosco optaram em seguir carreira e conseguiram graduação em renomadas instituições de ensino.
Qual é o sentimento quando está frente aos músicos e da plateia?
É isso que me motiva e me faz feliz. É o momento para mostrar o resultado de um trabalho de muita dedicação e engajamento dos jovens músicos. Isso proporciona um sentimento sem explicação, cada apresentação traz algo novo. Um dos exemplos é o Concerto Grandes Poetas da Música Brasileira. Hoje à noite temos a segunda sessão no Teatro Univates e considero esse um dos momentos de ouro da orquestra.
Em mais de dez anos na orquestra Gustavo Adolfo/Univates quais os momentos de maior emoção?
Tem duas apresentações que me marcaram. O lançamento do Concerto Grandes Poetas da Música Brasileira, em junho, e a participação em evento da Rede Sinodal em Santa Cruz do Sul. Nessa ocasião, músicos da base, com apenas três meses de treino, já mostraram talento e superaram nossas expectativas. Isso mostra o quanto música requer dedicação e empenho.