“Não há mais quem possa segurar este viés do Brasil crescendo. Principalmente no agro”, afirma o presidente do Conselho de Administração da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio), Francisco Sérgio Turra. Em entrevista ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, o ex-ministro da Agricultura e Abastecimento diz que hoje o agro é “muito forte. Muito livre” para ser drasticamente afetado por mudanças políticas.
Turra comenta ter entrado em contato direto com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, pelo telefone, para solicitar sua atuação como um coordenador do agronegócio no Brasil, durante a gestão do PT. “O Alckmin é uma boa âncora dentro do processo. Em São Paulo tratou bem o setor. Todo mundo o adorava. [..] O agro confia mais nele do que no presidente.” Alckmin respondeu a Turra estar descobrindo seu espaço, mas pretendo coordenar o setor.
Mesmo não tendo torcido pela eleição de Lula, ele entende agora ser a hora de unir o país. “A gente tem muita aversão a mudar. Mas na verdade, na prática, cabe a gente pegar a forma de minimizar o prejuízo. As coisas podem fluir muito bem.” Ele avalia que o governo de Lula será muito diferente aos anteriores devido às alianças que o elegeram. “São muitas forças vinculadas.” Por conta disso, diz não temer novas invasões por parte de movimentos como o MST.
Turra foi ministro da Agricultura e Abastecimento durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Pelo Rio Grande do Sul, foi deputado federal e estadual por dois mandatos, além de prefeito de Marau. Recentemente deixou a presidência da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
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