Receita das exportações de  frango cresce 15% em outubro

Caderno Agro

Receita das exportações de frango cresce 15% em outubro

Desempenho é comparado ao mesmo período do ano passado. Líderes do setor indicam cenário positivo e apetite do mercado internacional ao produto brasileiro

Receita das exportações de  frango cresce 15% em outubro
Quase 40% do total de aves para abate no RS estão alojadas em granjas do Vale. Crédito: Divulgação
Brasil

O valor obtido com as exportações brasileiras de carne de frango totalizaram 822,6 milhões de dólares em outubro. O número é 15% maior em relação ao registrado no mesmo período do ano passado, conforme a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Já o volume embarcado no décimo mês do ano alcançou 394 mil toneladas, desempenho 0,8% menor no comparativo com outubro de 2021. No acumulado do ano, a receita das exportações do setor 8,1 bilhões de dólares. A cifra é 29,3% maior que o registrado entre janeiro e outubro de 2021. Também houve incremento nos embarques no acumulado dos dez primeiros meses deste ano. Esse percentual foi de 5,1%.

Entre os principais destinos de exportações do ano (janeiro a outubro), destaque para os Emirados Árabes Unidos, com 377,3 mil toneladas (+22,9%). Na sequência está Filipinas, com 215 mil toneladas (+45,6%), União Europeia, com 202,1 mil toneladas (+23,8%) e Coreia do Sul, com 153,3 mil toneladas (+63,2%).

De acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin, a média mensal das exportações de carne de frango se mantém acima dos 400 mil toneladas. “O desempenho positivo das receitas obtidas com as vendas internacionais aponta para um quadro de manutenção da demanda do mercado internacional pelo produto brasileiro.”

Diante desse desempenho a expectativa é fechar 2022 com novo recorde. Pelas projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) o volume deve ultrapassar 4,7 milhões de toneladas, crescimento na faixa de 6%.

Valor agregado

A valorização do produto nacional tem sido fundamental para o equilíbrio econômico das agroindústrias por conta da elevação dos custos de produção. Na avaliação do presidente da Languiru, Dirceu Bayer, uma das prioridades na cadeia da transformação de proteína animal é melhorar a lucratividade.

“Os gestores públicos precisam trabalhar em ações que reduzam os custos dessas cadeias, bem como incentivar financeiramente as integradoras para que possam manter e evoluir nas suas atividades”, observa Bayer. Ainda de acordo com o presidente da Languiru, se houver condições de infraestrutura e segurança jurídica as empresas e os produtores podem crescer com sustentabilidade.

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