“Pensei: essa prova pode mudar o meu futuro”

ABRE ASPAS

“Pensei: essa prova pode mudar o meu futuro”

Apaixonado por ciência, em especial pela física, Cesar Emilio Stum, de 13 anos, recebeu medalha de ouro na 25ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica. Natural de Roca Sales, o aluno do 8º ano do Colégio Scalabriniano São José gosta de estudar o universo e vê seu futuro na área.

“Pensei: essa prova pode mudar o meu futuro”
Crédito: Arquivo Pessoal
Roca Sales

Essa foi a primeira vez que participou da Olimpíada?

Eu já tinha feito a prova uma vez, no 2º ano, aos 7 anos. Desde então, não tinha mais participado. Nesse ano, a prova foi bem mais complexa e conteudista, porque tinha questões condizentes com a minha idade.

Como funciona a prova?

Ela acontece em etapa única e a premiação é por nota de corte. Para a medalha de ouro, precisava atingir 8,8 pontos de 10. Eu consegui 9. No dia da prova, fui para a escola e a avaliação era logo nos primeiros dois períodos. Olhei para a folha e pensei: essa prova pode mudar o meu futuro. Mesmo assim, fiz com calma.

Quais assuntos caem na Olimpíada?

Principalmente temas recentes, como a descoberta de galáxias e satélites. Bastante sobre as leis da física, cálculos. Na prova em si, eles só abordam temas comprovados e descobertas confirmadas, o que ainda está em estudo não cai.

Como se sente ao receber esse prêmio?

Eu não esperava medalha de ouro. Na hora de entregar a prova, achei que não iria tão bem. Tinha estudado bastante e esperava um resultado bom, mas não o ouro, até porque na última vez que tinha feito a prova eu tinha 7 anos. Então fiquei muito feliz.

Mais alguém recebeu o reconhecimento na sua escola?

Sim, na minha turma, um colega também ganhou medalha de ouro e outro recebeu de prata.

Desde quando você se interessa por astronomia?

Meu primeiro contato com a área na sala de aula foi aos 9 anos, quando começamos a estudar o Sistema Solar e os planetas. Mas foi só nesse ano que tivemos introdução à física, e aí eu me interessei. Agora, aprendemos sobre eletricidade, gravitação universal e assuntos mais complexos. Apesar de gostar bastante dessa área, minha disciplina favorita na escola é matemática.

Já sabe o que vai querer trabalhar no futuro?

Eu gostaria muito de trabalhar com pesquisas, talvez na área de física, ou até economia. Gostaria de ser professor, para retribuir o que tive, ensinar o que aprendi.

Qual o seu maior sonho?

Pode parecer meio distante, mas adoraria ganhar um Nobel de Física um dia [risos].

A sua família te apoia?

Sim, eles me incentivam muito. Lá em casa, a prioridade é o estudo. Inclusive ajudaram a me preparar para a Olimpíada.

Quem te inspira nessa área?

Tenho três referências: Albert Einstein, James Maxwell e Isaac Newton. Eles são os pilares da física. Olhei para os trabalhos deles e entendi que é isso que eu gosto.

O que te fascina na astronomia?

Acho que o que mais me motiva na área é a busca por conhecimento. Sempre quero entender. Olho para o universo e me pergunto o porquê e o como das coisas. Ainda não sei bem para qual área da física quero ir, ainda não conheço todas. Mas gosto muito da física quântica, porque é bem estranha [risos]. São coisas que a gente imagina que não podem acontecer, mas acontecem. Gosto muito.

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