Como surgiu a ideia de implementar a unidade da Liga de Combate ao Câncer em Progresso?
Em 2012, uma senhora em tratamento contra o câncer falou da sua experiência com o amparo da liga de Lajeado. Essa pessoa me desafiou a implementar esse serviço em Progresso. Não sabia nem por onde começar. Certo dia me entregaram um folheto sobre o trabalho das voluntárias e isso me sensibilizou. Voltei para casa com o propósito de criar um grupo local. Pelas regras o município não tinha a população necessária para constituir um núcleo próprio, por isso optamos em ser uma extensão.
O que representa liderar esse movimento voluntário e quais os desafios?
Procurei profissionais de diferentes setores, da saúde, educação, comércio, entre outros. Formamos nosso grupo que no começo ocupava espaço no Hospital Santa Isabel para as reuniões mensais. Com o passar do tempo conseguimos uma sala no Centro Comunitário Pastoral. Em meio a isso, nosso grupo reduziu, muitos dos voluntários saíram, mas o grupo que mantemos é qualificado e dá conta das demandas. Isso mostra que para ser voluntário é preciso ter vocação.
Quais são as principais demandas e como é feito o atendimento?
Nunca deixamos um paciente desamparado, mesmo que ele tenha condições financeiras encontramos uma forma de contribuir no seu tratamento. Seja com apoio emocional, auxílio na compra de medicamentos com preço reduzido e até mesmo na entrega de suplementos. Também disponibilizamos alguns exames de mamografia conforme a disponibilidade.
Como a instituição se mantém e arrecada recursos para suas iniciativas?
Estamos sempre envolvidos, seja com a venda de materiais, promoção de eventos, doações e campanhas. Dessa forma conseguimos pelo menos oferecer o básico e ajudar muitas vezes quando algum procedimento pela rede pública de saúde demora mais que o paciente pode suportar. Em paralelo também é feito o trabalho de conscientização e prevenção ao câncer.
Como faz para conciliar a vida profissional, pessoal e o trabalho voluntário?
Sempre gostei de fazer o bem ao próximo. Enquanto tiver condições pretendo seguir em frente com o projeto da liga. Sabemos da dificuldade em formar novos líderes e por isso esse compromisso em contribuir ao máximo pelo bem-estar do próximo. Ao mesmo tempo quero que de alguma forma nosso trabalho sensibilize outras pessoas.