Um passeio pelo campo

Opinião

Bibiana Faleiro

Bibiana Faleiro

Jornalista

Colunista do Caderno Você

Um passeio pelo campo

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Em uma bonita propriedade no interior de Cruzeiro, fica um dos centros de equoterapia do Vale do Taquari. Pra quem não conhece o termo, esse é um método que utiliza o cavalo para desenvolver crianças e adultos de forma física, emocional e intelectual.

Em especial, destinado a pessoas com Trissomia do Cromossomo 21, mais conhecida como Síndrome de Down, pessoas com autismo ou diferentes tipos de deficiências.

Naquele espaço, muitas pessoas se dedicam pra ajudar crianças e famílias todos os dias. Uma das praticantes é a Zuzu, de apenas 3 anos. Menina sorridente de cabelos castanhos ondulados.

Sem timidez, gosta de estar com as pessoas e, assim que desceu do cavalo, pegou minha mão para me mostrar os cantinhos daquele lugar. Ela não me conhecia. Eu também não conhecia a Zuzu, mas viramos amigas.

Eu, cada dia, vejo a inocência das crianças com mais beleza. Ainda mais em um mundo com tanto ódio, julgamentos e desrespeito com o próximo. Mesmo dentro das famílias ou nas rodas de amigos. Mas não entre as crianças.

Elas podem ser sinceras e essa sinceridade às vezes machuca, mas, no fim, qualquer desentendimento acaba em risadas. Afinal são crianças. E, apesar disso, tudo o que falam com honestidade é sem qualquer julgamento.

Não importa a idade, a cor, o gênero, se alguém estender a mão e estiver ali pra brincar ou desbravar o mundo com elas, elas topam a aventura. E fazem o mundo mais bonito e um pouquinho mais feliz.

Naquele dia em que Zuzu me mostrou o centro de equoterapia, só conseguia ter esperança de que todo o esforço da família dela para que ela cresça saudável e feliz continue trazendo recompensas, pra que a pequena Zuzu também continue alegrando o dia de quem tiver a oportunidade de a conhecer.

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