Produtores de Progresso antecipam colheita de tabaco

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Produtores de Progresso antecipam colheita de tabaco

Valorização do produto na safra anterior estimula incremento de área. Técnicos alertam que qualidade depende das condições do tempo

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Produtores de Progresso antecipam colheita de tabaco
Família Pfeifer, de Lajeado do Meio, amplia área cultivada de 60 mil para 115 mil pés de tabaco. Crédito: Divulgação
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O temor de estiagem fez produtores implementarem de forma antecipada as lavouras de tabaco. Por consequência, a colheita também ocorre antes do período habitual. Mesmo com a mudança, a expectativa é que a produção alcance os mesmos números do ciclo anterior, porém com qualidade superior.

De acordo com o orientador agrícola, Daniel Zenatti, a comercialização da safra passada com valores acima do preço de tabela gerou entusiasmo entre os produtores. Alguns, inclusive, optaram por ampliar a área cultivada. “Os produtores conseguiram bons preços e a tendência é aumento na expectativa da safra com o aumento do plantio”, avalia Zenatti.

Outra situação que colabora com o cenário produtivo é em relação ao tempo. “A previsão de seca não é para ser tão intensa. O mês mais severo deve ser novembro, porém com menor intensidade se comparado ao ano passado”, comenta. Ainda conforme Zenatti, o que deve pesar para o produtor é o aumento no custo de produção e no valor dos insumos. “Apesar do custo de produção alto, se os preços de venda se mantiverem bons, o produtor pode ter um bom retorno”, estima.

De acordo com dados da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), o preço médio da arroba foi de R$ 266,00. Na propriedade de Lucas Pfeifer, em Lajeado do Meio, no ano passado foram plantados 60 mil pés de tabaco em 4 hectares, com uma produção de 500 arrobas. Este ano, o agricultor espera dobrar a produção com cerca de 115 mil pés cultivados em 6,5 hectares.

Segundo Pfeifer, os trabalhos de colheita do tabaco vão se estender até janeiro. De acordo com o jovem, a qualidade deve lhe garantir o retorno esperado na venda. “Eu penso que a qualidade vai ser mais importante neste ano”, observa o fumicultor, que antecipou o plantio em relação ao ano passado, para não sofrer com a estiagem, como no final do ano anterior. O tabaco se destaca por estar entre as dez principais atividades da agropecuária do Rio Grande do Sul. As lavouras são desenvolvidas principalmente por agricultores familiares. Em Progresso, são 612 famílias que cultivam o tabaco. Juntas somam 1,3 mil hectares de área plantada, com rendimento médio de 2.200kg/ha, conforme dados da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente do município.

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