Moradores do Bairro Conventos, em Lajeado, têm sofrido com a recorrente falta de água. Um grupo no WhatsApp foi criado para mobilizar a comunidade a resolver o problema.
Conforme Isac da Silveira, residente do loteamento Germânia, falta água todos os dias. Ele ingressou no Ministério Público e solicitou uma investigação ao caso. “A prefeitura não dá respostas corretas. Não há aviso prévio. O plantão não nos atende e quando insistimos somos bloqueados.”
Deise Vieira, moradora da Rua Ângelo Pulita, relata ter água de dia, mas à noite, não. “As pessoas trabalham o dia inteiro, chegam em casa e não tem como tomar banho. Estão fazendo essa melhora na rodovia. É muito bom para o bairro, mas há prioridades. Conventos está crescendo, mas o poço é o mesmo. A água é um direito nosso. Passamos o mês sem, mas a conta continua vindo.”
O secretário de Obras e Serviços Públicos de Lajeado, Fabiano Bergmann, o Medonho, informa que o município trabalha para resolver os problemas. Concorda com os moradores e diz que têm razão em reclamar da situação. “Estamos com bastante obras no local. Às vezes não conseguimos atender a demanda.” A ERS-421 está sendo alargada.
Conforme Medonho, rompimentos da rede acontecem quase todos os dias. “A gente acha que está normal, e com as obras da RS se rompe um cano e vai tudo buraco abaixo.” Ele explica que há certa demora para a água entrar nos reservatórios após o conserto dos vazamentos.
A falta de água também seria resultado do rápido crescimento habitacional. Quando assumiu como secretário, havia cinco reservatórios. “Hoje são 22, com estruturas novas, em pleno funcionamento.” Na época, o município não exigia contrapartida das loteadoras. Atualmente, precisam instalar poços artesianos ou reservatórios. A ideia é suprir a necessidade de abastecimento antes da instalação de novas residências.
A Secretaria de Obras também trabalha na instalação de um novo poço artesiano. No entanto, a obra demorou cerca de seis meses para ser concluída devido à complexidade da instalação. Ainda, seis novos reservatórios serão instalados na parte alta do bairro. Depois de colocado no terreno, o tempo de cura é de 20 a 30 dias para a estrutura entrar em funcionamento.
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