As redes sociais foram inundadas de críticas e contestações ao trabalho dos institutos de pesquisa após o pleito do último domingo, 2. A maioria dos estudos não previu o crescimento do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), frente ao ex-presidente Lula na disputa à presidência. Também não perceberam o crescimento de Edgar Pretto (PT) e da vantagem de Onyx Lorenzoni (PL) sobre os demais na corrida ao Piratini. As projeções de intenção de voto, feitas pelo Instituto Methodus, do eleitor regional para os cargos de presidente, governador e senador se confirmaram.
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Na avaliação do diretor de projetos da organização, José Carlos Sauer, o meio político quer e precisa de futurologia. As pesquisas fazem projeção de tendência com informações coletadas no passado. Serão assertivas se os dados e a metodologia estiver correta e, em caso de erro, o dano é causado, inegavelmente. “Temos que nos preocupar se o dano tem interesse. Tem coisas impublicáveis. Eu não posso falar no ar, porque posso ser prejudicado. Mas sei que acontece. A regularização que o TSE faz não dá conta.”
Sauer afirma, em entrevista ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, que pesquisas feitas pelo Methodus indicavam as mudanças no cenário estadual, cerca de uma semana antes do pleito. “Tem gente competente no mercado. Se os institutos de pesquisa erram, quem contrata deve trocar de empresa. O que não pode é criminalizar as pesquisas em geral. [..] Estou há 25 anos no mercado porque acerto pesquisas. Não estaria trabalhando para o Grupo A Hora se estivesse errado as pesquisas na última eleição.”
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