Ressaca da eleição

Opinião

Luciane E. Ferreira

Luciane E. Ferreira

Jornalista

Ressaca da eleição

Por

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Escrevo a coluna de hoje com a ressaca da eleição. Nada a ver com os resultados, e sim, com a cobertura. Desde 1996, eu participo dos pleitos como jornalista. Antes disso, fui mesária. Para mim, é a cobertura mais frenética, mais alucinante que pode haver. Movimenta todo o país, mexe com todos os cidadãos, define rumos.

É um dia especial de trabalho, com toda a equipe envolvida. A tarefa de um completa a do outro. É um passar de bastão em alta velocidade, para que se apure as informações, monte tabelas, escreva os textos, escolha as fotos, cumpra os horários. É gritaria, é concentração, tudo ao mesmo tempo. É adrenalina pura! E quem dorme depois que chega em casa?

Por mais experiência que se tenha, “sempre dá um frio na barriga”, como disse o colega Fabiano Conte, na preleção de sexta-feira. E sempre dá uma enorme satisfação ao levantar de manhã, com aquela ressaca, ler o jornal e voltar à redação para um dia comum de trabalho pós-eleição.


Rei verde

“Estamos diante dos horríveis efeitos da poluição em todas as suas formas cancerígenas. Há a crescente ameaça de poluição por óleo no mar que destrói praias e, certamente, dezenas de milhares de aves marinhas. Há poluição química lançada nos rios por fábricas, que entopem os rios com substâncias tóxicas e aumenta a sujeira nos mares.

Há poluição do ar por fumaça e gases liberados por fábricas, e gases emitidos por carros e aviões.” Estas frases, tão atuais, foram ditas em 1970. Quem discursava era o rei Charles III, então com 22 anos, no Comitê do País de Gales, na Universidade de Bangor. Entre tantas coisas faladas sobre o monarca, tseu lado ambientalista não ganhou os holofotes.


Bom de faro

Conforme pesquisa publicada na revista Plos One, os cães podem diferenciar o cheiro de pessoas estressadas e relaxadas. O resultados do estudo, desenvolvido em Belfast, na Irlanda, aumenta a compreensão de cientistas sobre as relações entre humanos e cães e podem ser úteis no treinamento de cães de serviço e terapia.


Ciência e tecnologia

O 15º Congresso de Ciência e Tecnologia do Vale do Taquari começou ontem e segue até sexta-feira, na Univates. Trata-se de um evento acadêmico-científico, visando o aperfeiçoamento e à qualificação de docentes, pesquisadores e comunidade no âmbito da ciência e da tecnologia.

Também tem a intenção de promover o conhecimento científico, fortalecer as relações entre a academia (instituição, professores e estudantes) e a sociedade (empresas, associações, órgãos de classe, munícipes) e oportunizar um espaço de convivência, debate e troca de experiências entre os participantes. Contatos pelo eventos@univates.br .


Racismo I

Um novo relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos faz um balanço sobre o combate ao racismo estrutural nos últimos anos e aponta o lento progresso nesta área – o que não é novidade. O documento também cita sete exemplos de mortes de afrodescendentes relacionadas à polícia, entre elas as de Luana Barbosa dos Santos Reis e João Pedro Matos Pinto, ambos brasileiros.


Racismo II

A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada pela Organização das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, há 74 anos. Vale citar os dois primeiros artigos: 1. Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade. 2.

Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. Setenta e quatro anos, um lento progresso.

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