Atendimento pediátrico ainda precisa avançar na telemedicina

NOSSOS FILHOS

Atendimento pediátrico ainda precisa avançar na telemedicina

Em ferramentas como o PA virtual da Unimed, especialidade tem baixa demanda de avaliações e consultas para crianças. Serviço é acessado para situações de baixa complexidade

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Atendimento pediátrico ainda precisa avançar na telemedicina
Médica do PA Virtual da Unimed, Luciana Katz Weiand participou do programa Nossos Filhos. Crédito: Luísa Huber
Lajeado

A telemedicina se tornou uma realidade no país nos últimos anos. Impulsionada pela necessidade de um atendimento virtual aos pacientes durante o período de distanciamento social na pandemia, a ferramenta se expandiu. Hoje, boa parte das especialidades aderiram à prática. Inclusive na pediatria, ainda que em menor escala.

O atendimento pediátrico, suas vantagens e riscos foram tema de entrevista em “Nossos Filhos”, programa multiplataforma do Grupo A Hora. A médica cardiologista e assessora do pronto atendimento virtual da Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo, Luciana Katz Weiand, foi a entrevistada da semana.

Conforme Luciana, na Unimed, ainda há uma baixa procura por atendimentos pediátricos via teleconsulta. E, geralmente, são de situações menos complexas e de fácil resolução. “É quase sempre a segunda opção, e em queixas simples. Como uma dorzinha de barriga. Se for algo mais importante, tem que examinar. Não tem jeito”, frisa.

Segundo Luciana, no caso do pronto-atendimento virtual da Unimed, a ferramenta também evita que os pacientes fiquem em salas de espera por situações simples. “A mãe iria levar a criança no PA e seria atendida por um clínico geral. Então essa é uma alternativa para não deslocar eles, pois em muitos casos ficam horas esperando numa sala de observação”.

Baixa demanda

Diferente de outras especialidades, o atendimento virtual em pediatria ainda possui restrições. Conforme Luciana, a demanda hoje no serviço da Unimed é pequena. “Acredito que seja bem inferior a 5% dos nossos atendimentos. Por isso dizemos que é quase um último recurso”, pontua.
As teleconsultas, na maior parte dos casos, são feitas em vídeo, onde o médico pode observar e fazer uma breve avaliação do paciente. Porém, mesmo no período mais crítico da pandemia, havia a recomendação pelo atendimento pediátrico presencial.

Pré-requisitos

Para Luciana, a consulta por telemedicina deve apresentar “pré-requisitos básicos” para que o atendimento virtual seja o mais próximo possível do presencial.

“O paciente precisa ser visto, o ambiente deve ser adequado, semelhante a um consultório e o médico precisa ter conduta adequada ao momento”. Em algumas especialidades, destaca que a telemedicina apresenta alta taxa de resolutividade.

Recentemente, uma cabine de teleconsulta foi instalada pela cooperativa médica no Shopping Lajeado. A ideia é ofertar mais um serviço à comunidade. No sistema, é possível ter uma avaliação de saúde e, se necessário, uma consulta virtual.


PA virtual

– O pronto-atendimento virtual da Unimed surgiu em março de 2020, dias após a publicação do decreto de emergência em Lajeado por conta da pandemia de covid-19. O serviço foi estruturado de forma agilizada, e aos poucos, foi aperfeiçoado;

– Com menos de três meses de serviço, foi acrescentado o 0800, pois havia limitações para alguns pacientes devido ao programa utilizado para computador;

– Um ano depois, foi criada nova ferramenta, chamada Robô Laura. É feita triagem, atendimento e monitoramento do paciente sem que se necessite download.

 

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