Mais da metade da Assembleia Legislativa conquista a reeleição

Eleições 2022

Mais da metade da Assembleia Legislativa conquista a reeleição

Ao todo, 30 nomes que disputavam novo mandato obtiveram êxito nas urnas, enquanto renovação fica em 46%. Bancadas alinhadas à esquerda e direita crescem. Das 11 mulheres eleitas pelos gaúchos, cinco são caras novas

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Mais da metade da Assembleia Legislativa conquista a reeleição
Foto: Divulgação

A Assembleia Legislativa terá uma renovação de 46% nas bancadas para a próxima legislatura. São 25 nomes diferentes que tomarão posse para o cargo de deputado estadual em 2023. Outros 30, que estavam no exercício do mandato até esse domingo, 2, dia do pleito, foram reeleitos pelo eleitorado gaúcho.

O mais votado foi o jornalista e advogado Gustavo Victorino, uma das caras novas do parlamento gaúcho. Candidato pelo Republicanos, ele tem quase 50 anos de experiência na área da comunicação, se tornou conhecido no RS pela atuação na Rede Pampa, como apresentador e comentarista e coleciona prêmios na área. Concorreu pela primeira vez ao cargo.

Candidata a reeleição pela Federação PSOL/Rede, Luciana Genro foi a segunda mais votada na corrida à Assembleia gaúcha. Na sequência, aparece Rodrigo Lorenzoni (PL), filho de Onyx Lorenzoni, mais votado a governador no primeiro turno no RS e atual suplente de deputado. Silvana Covatti (PP), foi a quarta mais votada e vai exercer o quinto mandato consecutivo.

Os votos em branco e nulo somaram pouco mais de 10% dos votos totais. Cerca de 700 mil eleitores optaram por não escolher um representante ao cargo legislativo. A abstenção no estado ficou perto dos 20%, num universo de 8,59 milhões de eleitores aptos às eleições deste ano no RS.

Esquerda e direita ganham espaço

A composição da próxima legislatura aponta para um avanço das bancadas ligadas à esquerda e direita. A Federação PT/PCdoB/PV elegeu 12 deputados, a maior representação no parlamento. Após o pleito de 2018, o PT, sozinho, havia ficado com oito cadeiras. No mesmo espectro ideológico, o PSOL, que tinha um parlamentar, agora terá mais um (Matheus Gomes).

Já no campo político mais alinhado ao presidente Jair Bolsonaro, o PL passou de dois para cinco deputados eleitos em relação ao último pleito. O Republicanos (ex-PRB) teve o mesmo desempenho. Também vinculado à direita no estado, o PP conquistou uma cadeira a mais na comparação com 2018 e agora terá sete representantes.

Por outro lado, siglas tradicionais desidrataram. É o caso do MDB, que elegeu a maior bancada em 2018 e agora conquistou duas cadeiras a menos (seis). O PSB caiu de três para um, enquanto a maior queda veio do PTB, que havia alcançado cinco no pleito passado e agora terá apenas um nome. O PDT manteve o mesmo número (quatro).

Mais mulheres no parlamento

No comparativo com 2018, o eleitor gaúcho também optou por escolher mais mulheres. Naquele pleito, nove candidaturas femininas haviam conquistado cadeiras na Assembleia. Desta vez, foram 11. Cinco delas são caras novas: Bruna Rodrigues (PCdoB), Delegada Nadine (PSDB), Laura Sito (PT), Eliana Bayer (Republicanos) e Adriana Lara (PL).

Luciana Genro e Silvana Covatti, que estão entre as mais votadas no RS, bem como Kelly Moraes (PTB), Sofia Cavedon (PT), Stela Farias (PT) e Patricia Alba (MDB) foram reeleitas. As duas últimas não haviam conquistado mandato em 2018, mas entraram no parlamento no decorrer da atual legislatura por diferentes situações.

Retornos

Entre os nomes novos para o parlamento, alguns são “velhos conhecidos” do eleitorado. Casos de Sossela (PDT), que havia sido eleito para outras legislaturas, mas teve os votos anulados em 2018 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e Santini (Podemos), que exercia mandato de deputado federal e retorna à Assembleia após cinco anos.

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