Você votaria se não fosse obrigado?

Opinião

Fabiano Conte

Fabiano Conte

Jornalista e Radialista

Você votaria se não fosse obrigado?

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Em ano de eleição a pergunta volta à tona. Você sairia de casa para votar se o processo fosse facultativo (sem obrigação)? Nesta semana, foi divulgada uma pesquisa encomendada pelo Banco Modal S/A revelando que a maioria “votaria com certeza”. No entanto, para especialistas, os 57,9% que fizeram esta opção são apontados como um percentual menor que o esperado.

Seria um número de votantes superior à média mundial. De acordo com a pesquisa, 18,1% dos entrevistados “provavelmente” votariam mesmo não sendo obrigado; 19,8% dos eleitores não comparecerem para votar e 3,6% “provavelmente” não votariam. Os 19,8% de eleitores que não votariam, com o fim da obrigatoriedade, correspondem à média histórica de 20% de abstenção, nas eleições.


Tudo isto?

Neste ano de 2022, os brasileiros vão às urnas escolher cinco representantes que exercerão mandatos pelos próximos anos. Serão dois votos para cargos do Poder Executivo (presidente e governador) e três para o Poder Legislativo: deputado estadual, deputado federal e senador. No RS, vamos eleger 55 deputados estaduais e 31 deputados federais, além de um senador.

No Brasil, serão escolhidos 513 deputados federais, vamos renovar um terço dos 81 senadores e serão escolhidos 1.050 deputados estaduais ou distritais. Somam-se aos eleitos, milhares de assessores. O custo para manter toda esta máquina política funcionando é de bilhões.


FALTA CULTURA

Se por um lado falamos sobre política como nunca nos últimos quatro anos, por outro, nosso nível de cultura política continua muito baixo. Não acredito que o processo de voto facultativo seria o melhor caminho. Nem se fala sobre isto nas esferas de governo e no Congresso. Mas o assunto sempre volta para discussão nesta época.


SEM DINHEIRO

Faltando uma semana para a eleição, alguns candidatos a deputado sofrem o revés de não terem mais recursos para a reta final de campanha. O fato chegou ao Vale com candidatos que tiveram que adiar o pagamento de seus cabos eleitorais porque não receberam os recursos do fundo eleitoral. Os partidos prometem “regularizar” os pagamentos na semana decisiva da eleição.


Curtas:

** A Arla, que neste sábado completa 84 anos de fundação, anunciou abertura de unidade na cidade de Doutor Ricardo.

** Padre Alessandro Campos fará show no domingo na ExpoWink. Mais cedo, na Prefeitura de Estrela, ele receberá uma homenagem das mãos do prefeito Elmar Schneider.

** Aumentou o número de bandeiras do Brasil em carros que circulam por Lajeado. Efeito da eleição.

** Circular a noite pelas rodovias que ligam cidades da parte alta do Vale do Taquari é um desafio. Sinalização é precária, ainda mais em noites de chuva e neblina.

** Vice-prefeito de Travesseiro, Tiago Weizenmann (PP) não foi indiciado pelo delegado de polícia Dinarte Marshall Júnior após “denunciação caluniosa, crimes contra a administração da justiça”, acusação da vereadora Mariléia Theves (PTB). Ela pedia condenação do vice-prefeito por perseguição política.

** História da Vovolândia de Estrela pode ter outro rumo com leilão anunciado pela Justiça. Por dívidas com a Receita Federal, instituição corre o risco de fechar e deixar em torno de 50 idosos sem lar

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