A pandemia foi um momento de reclusão e medo para todos. No isolamento social, no entanto, muita gente desenvolveu novas habilidades. Para Ketlin Tainara Schneider, 27, foi o momento para começar a escrever seu primeiro livro, “A borboleta que aprendeu a voar sozinha”.
A moradora de Estrela foi diagnosticada com deficiência mental leve quando tinha 12 anos. Aos 18, pegou gosto pela escrita, mas, só dois anos mais tarde passou a se dedicar à atividade.
Em meio à angústia do isolamento social, ela começou a elaborar sua primeira publicação. “O que me inspirou foi a história da covid, que eu tinha que ficar em casa, não podia ir no serviço e nem me formar em Gestão de Recursos Humanos. Foi tudo água abaixo no começo de março, e comecei a escrever o livro”, recorda.
As primeiras páginas foram escritas à mão. Em novembro de 2020, Ketlin digitalizou o trabalho e no mês seguinte mandou para os editores. A obra foi publicada em e-book no ano passado e em formato físico em agosto deste ano.
“O meu livro fala sobre a minha biografia, e a minha deficiência mental leve”, conta. A inspiração vem das obras de Augusto Cury. Nos planos para o futuro, Ketlin objetiva palestras em empresas de Gestão de Recursos Humanos e em escolas, como forma de vencer o preconceito.