O primeiro dia da Expoagas teve a marca dos reencontros. Três anos depois da última feira, supermercadistas e representantes das indústrias fornecedoras se reuniram na Fiergs, em Porto Alegre, para trocar figurinhas, apresentar novidades e, acima de tudo, fazer negócios.
Com participação tradicional no evento, o Vale do Taquari chegou à Expoagas deste ano com 20 expositores, conforme relação final apresentada pela organização. A região tem representantes dos setores de refrigeração, higiene e limpeza, cosméticos e alimentos – uma cadeia quase completa de fornecedores supermercadistas.
Conversei com diferentes empresários ontem e todos se mostraram entusiasmados com os primeiros resultados do evento. A expectativa para o primeiro dia era de reconexão com clientes e amigos, apresentação de lançamentos e troca de contatos, mas o grande número de negócios fechados “na largada” surpreendeu. A matéria completa sobre a Expoagas 2022 você confere no caderno Negócios em Pauta deste sábado.
Crédito: Thiago Maurique
Tributos e medicamentos levantam debate
No discurso de abertura, o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Longo, falou sobre duas demandas relevantes para o setor: a reforma tributária e a proposta que visa permitir a venda de medicamentos nos supermercados.
Em relação ao primeiro tema, Longo ressalta as distorções do sistema de Substituição Tributária, que oneram as compras de produtos provenientes de outros estados. Segundo ele, se em anos anteriores a importação era excessivamente tributada, hoje basta cruzar o Rio Mampituba – fronteira entre RS e SC – para enfrentar o problema.
Crédito: Thiago Mauriqueproblema.
A discussão sobre a venda de medicamentos nos supermercados não chega a ser novidade, mas é sempre lembrada. Nas palavras de Longo, a intenção não é de vender antibióticos, mas remédios isentos de prescrição, como antitérmicos, xaropes e sal de fruta. Segundo ele, não se trata de uma reivindicação econômica, pois a medida afetaria no máximo 0,2% das vendas do setor.
“É uma pauta social, em favor dos clientes”, assegura. Vale lembrar que as farmácias também não vendem apenas medicamentos.
As antigas “drogarias” foram substituídas por um modelo de negócio que inclui a comercialização de alimentos, cosméticos e até brinquedos. Será que ainda faz sentido a reserva de mercado dos remédios sem receita?
Febraban projeta elevação do crédito
Pela quinta vez seguida, os bancos elevaram a projeção de alta da carteira de crédito para 2022. A previsão é alcançar numa expansão de 11,4% até o fim do ano, conforme números da Pesquisa FEBRABAN de Economia Bancária e Expectativas.
A melhora das expectativas pode ser atribuída ao efeito esperado de medidas de estímulo, como a ampliação margem do consignado.
De acordo com a pesquisa, houve melhora da perspectiva tanto na carteira Pessoa Física (de 13,5% para 15,3%) quanto na de Pessoa Jurídica (de 12,4% para 13,0%).
Os dois setores também se beneficiam do nível de atividade e consumo das famílias mais aquecido na comparação com o mesmo período do ano passado.
O destaque da pesquisa é desempenho esperado para a carteira com recursos livres, cuja projeção de alta chegou a 14%.
RÁPIDAS
• Startups no interior – A Stars aceleradora promove hoje, às 19h, uma live para falar sobre as diferenças de criar uma startup no interior ou em uma capital. Participam do bate-papo o CEO da ZenFisio, Cledison Eduardo Fritzen e o CEO da Inside the Box, Luiz Guilherme Linhares Noldin, com mediação de Elio Castro da Fluyd como mediador. A conversa será transmitida ao vivo no canal da Stars no Youtube e o acesso é gratuito.
• Imposto Territorial Rural – A Receita Federal recebeu mais de 1 milhão de declarações do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR). O prazo de entrega teve início em 15 de agosto e vai até 30 de setembro. A entrega da declaração depois do prazo deve seguir os mesmos procedimentos de envio normais, porém com incidência de multa mínima de R$ 50 ou 1% ao mês-calendário calculado sobre o total do imposto devido.
• Franquias em alta – O setor de franquias acelerou a trajetória de recuperação no segundo trimestre deste ano frente a igual período de 2021. Números da Associação Brasileira de Franchising (ABF), mostram que o faturamento no período foi 16,8% maior na comparação com o ano passado. Com isso, o setor superou em 11,4% o faturamento nominal do 2º trimestre de 2019. A receita chegou a R$ 48 bilhões no trimestre.
