A leveza de uma medalhista olímpica

Opinião

Caetano Pretto

Caetano Pretto

Jornalista

Colunista esportivo.

A leveza de uma medalhista olímpica

Por

Lajeado
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Poucas figuras no Brasil possuem o prestígio de Rayssa Leal atualmente. Aos 14 anos, a menina é sinônimo de sucesso. Medalhista olímpica, cinco vezes campeã do SLS, campeã dos X Games. Isso tudo ainda sendo uma adolescente. A vinda dela para Lajeado, em ação da Docile, foi um momento ímpar para o esporte da região.

Não recordo a última vez que um esportista do patamar da “Fadinha” esteve por aqui. Só para mensurar, com os títulos atuais e pelos rankings do skate, ela está entre as duas principais skatistas do mundo. É um fenômeno que extrapola o Brasil. Rayssa pode andar em qualquer pista do planeta que será reconhecida.

Estive no evento com ela na quinta-feira, 18, e posso afirmar que para ela pouca importa os seus títulos. É sensacional ver uma atleta do nível dela atendendo com calma e tranquilidade as centenas de crianças e colaboradores da Docile que pediram fotos e autógrafos.

Ela não estava sozinha, é claro. Junto dela estavam os pais, irmãos, amigos e toda a equipe responsável por conduzir a carreira. O pai não dá entrevistas, mas falou que mais importante do que o esporte, são os estudos. Rayssa estuda e nem sabe se será skatista pelo resto da vida. Precisamos lembrar que ela recém deixou de ser uma criança.

Apoio ao esporte

Na pista, Rayssa pegou o skate, e mesmo com muito frio, mandou manobras. Eu não sou especialista no esporte, mas ao meu lado estavam dezenas de skatistas. Todos boquiabertos quando a menina desfilou com o skate no pé. Mandou manobras que para ela eram simples, mas que deixaram o público em êxtase.

Com certeza as crianças que estavam ali ao lado lembrarão deste momento para sempre. E mais. Lajeado começa a despontar como um centro deste esporte. Há a pista do Parque dos Dick, uma nova sendo construída no Parque Ney Santos Arruda. Sem esquecer da competente e organizada Associação de Skatistas de Lajeado.

O apelo fica para que, diferente da história de Rayssa, haja apoio para o esporte. O poder público está se esforçando, mas que tal apadrinhar um atleta? Temos muitos bons por aqui. A menina precisou ganhar medalha de prata na Olimpíada para provar que merecia apoio, inclusive falou disso após os jogos. Está na hora de começarmos a dar atenção ao esporte antes do resultado, este é consequência.

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