Abaixo as referências  bibliográficas

Opinião

Filipe Faleiro

Filipe Faleiro

Jornalista

Abaixo as referências bibliográficas

Por

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Obrigar o estudante a citar livros e autores é elitizar o Ensino Superior. É podar o livre pensar e estabelecer hierarquias no conhecimento. Em uma noite de verão, Lúcio bradava um movimento contra o modelo científico e contra as normas de apresentação dos trabalhos acadêmicos para os amigos entre uma gelada puro malte e outra.

Explicava o porquê havia abandonado o curso de Engenharia da Computação e virado relojoeiro. Tentava convencer os demais de que as referências bibliográficas haviam sido as culpadas pelo desgaste como acadêmico. “Eu apresentei um trabalho, a partir de uma pergunta que eu tinha, e a professora disse que eu não poderia fazer isso. Que tinha de indicar de onde tinha tirado aquilo.”

Estranhei o assunto. Fiz o papel que me cabe, de desconstruir essas afirmações. Foi em vão. “Lúcio, as referências são usadas como ponto de partida para tua pesquisa. Como forma de conexão entre o que já foi produzido acerca da tua problemática.”

A resposta estava pronta. “Pra que ficar repetindo os outros? Me amarrando em dezenas de livros. Eu quero fazer algo genuíno”, respondeu. Aquela história era estranha demais pra mim. Na continuação da conversa, o amigo dolorido com a faculdade ainda reforçou: “a professora veio com todos os títulos que ela tinha e disse: ‘você é só um estudante. Não pode se comparar comigo ou com qualquer outro pesquisador com mestrado ou doutorado. Me deu um carteiraço e não sabia responder o que eu perguntava’.”

Nessa hora desisti. O diálogo estava muito inverossímil e a oratória dele parecia programada para atacar o modelo dos cursos superiores. Dei aquela respirada, desviei o olhar e percebi que, na mesa ao lado, uma jovem havia acompanhado toda a discussão. Bonita, cabelos loiros, sorriso farto e curvas generosas.

Olhava Lúcio com admiração. Tudo ficou ainda mais estranho pra mim. No fim daquela noite, eles saíram de braços dados e estão juntos até hoje. Em tempo, Lúcio não voltou à faculdade.

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Pelas escolas públicas

Em um dos projetos piloto desenvolvidos na metodologia do Novo Ensino Médio, estudantes da Padre Fernando, de Roca Sales, criaram um jogo de computador. O Mage Siel está disponível na internet (gamepadrefernando.com.br) . Cerca de 90 alunos participaram da iniciativa, coordenada pelo professor Igor dos Santos.

Os alunos tiveram de pesquisar diversas áreas do conhecimento, desde programação, design gráfico, elaboração de narrativa, aplicação de lógica no ambiente virtual (como a lei da gravidade). O projeto inclusive foi um dos destaques no Seminário Regional do mês passado, ocorrido em Santa Maria. Mais de 800 pessoas, entre professores, diretores e alunos, conheceram o jogo e como foi produzido.

O PENSE dessa terça recebeu as professoras Regiane Mallmann (e), Cássia Benini, Bernadete Vuaden e Igor dos Santos. O assunto foi o projeto Game na Escola. Crédito: Divulgação


77 anos de “A Revolução dos Bichos”

A obra-prima de George Orwell completou aniversário. A primeira edição foi lançada em 17 de agosto de 1945. A fábula do escritor inglês, aluno de Aldous Huxley, permanece atual. Com muita ironia e criatividade, narra a tomada de poder dos animais em uma fazenda.

Os porcos conseguiram o apoio de todos os outros. Criaram conceitos similares ao socialismo. Tudo vai bem, até que os líderes do movimento criam brechas para se tornarem acima dos demais.

Podemos entender a obra como uma crítica ao fim da Revolução Russa, de um movimento que tinha o preceito de ser igualitário até se transformar em um regime totalitário. Uma obra com 77 anos e que permanece atual.


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