Autoridades buscam alternativas de segurança à descida da Berlim

Imigrante e Westfália

Autoridades buscam alternativas de segurança à descida da Berlim

Trecho com mais de dois quilômetros de declínio acentuado gera risco aos condutores e preocupação para a comunidade. Municípios trabalham para minimizar acidentes, que mataram, pelo menos, 20 pessoas em duas décadas

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Atualizado quarta-feira,
17 de Agosto de 2022 às 12:00

Autoridades buscam alternativas de segurança à descida da Berlim
Trecho indica velocidade máxima de 60 km/h. Autoridades indicam que sinalização é ignorada; Crédito: Jhon Willian Tedeschi
Imigrante
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Aumentar a segurança de uma das estradas mais perigosas da região. Este é o objetivo de uma campanha educativa dos municípios, com a colocação de placas com mensagens na chamada “descida da Berlim”, ligação da RSC-453 com a área urbana de Imigrante. Os dados oficiais mencionam sete óbitos no trecho, mas levantamentos paralelos dão conta de mais de 20 mortes nas últimas duas décadas.

A descida íngreme com mais de dois quilômetros desafia principalmente os condutores de veículos pesados. No início do trecho aparecem placas de alerta sobre a necessidade de maiores cuidados na rodovia, o que nem sempre é respeitado. Moradores e autoridades relatam a imprudência com o excesso de velocidade.

O vice-prefeito de Imigrante, Fabiano Acadroli, também responde pela Secretaria de Obras e Mobilidade Urbana, e atesta que o trecho é “historicamente complicado”. Ele lembra que após o último grave acidente, ocorrido em junho deste ano, um grupo foi ao Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer) pedir providências.

A tentativa foi para a instalação de uma caixa de brita ou outro dispositivo de segurança, mas o governo não obteve resposta.Acadroli relata que quando ocorrem acidentes, via de regra são graves, e conta que casos semelhantes foram evitados por pouco.

“Já aconteceu de um caminhão ficar sem freio, passar a preferencial e só conseguir parar no parque de máquinas da prefeitura.” Pelas somas da administração de Imigrante, o número de mortes no trecho passa de dez.

Mais de 20 mortes em duas décadas

Os Bombeiros Voluntários de Imigrante e Colinas (Imicol) tem um levantamento próprio de acidentes no trecho, com informações de 2002 para cá. “Oficialmente, o Daer tem dados de sete vítimas, mas eles não contam pessoas que se acidentaram na Berlim e faleceram depois, no hospital”, afirma Caroline Hauschild, comandante do pelotão, que cita mais de 20 óbitos na rodovia. Existe um temor inclusive para os atendimentos, uma vez que não há áreas de escape na descida.

Caroline indica uma barreira de contenção construída na entrada de Imigrante, mas que isso não seria suficiente. “Existe um projeto para uma área de escape. Esperamos que saia do papel o quanto antes. É muito necessário, principalmente pelos caminhões que chegam sem freio à cidade.”

Um aspecto proposto por ela é a proibição do trânsito de veículos pesados pelo trecho. “Motoristas devem cuidar na descida, usar o freio motor, testar os freios. Carretas muito grandes e bitrens não deveriam fazer o trajeto pela Berlim, por ser muito íngreme. Esses veículos chegam com os freios quase incendiando”, avalia.

Promessa de melhorias

O Daer emitiu uma nota sobre as condições da estrada e afirma que não há nenhuma solicitação para reforço na segurança. A autarquia destaca que “a rodovia recebeu melhorias, por meio de remendos profundos, em março deste ano”. Também estão previstas novas intervenções para outubro, com nivelamento da pista e renovação da sinalização horizontal.


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