O possível ataque de uma onça parda (Puma) em uma propriedade de Três Saltos Baixo preocupa moradores no interior. Na manhã de quinta-feira, 11, um terneiro de um ano de idade, da raça Jersey/Angus foi encontrado morto na propriedade de Egomar Gross, 34.
As pegadas, mordidas, arranhões e lesões deixadas no bovino que estava amarrado em um galpão indicam o ataque do felino em extinção. Policiais militares do 1º Batalhão Ambiental de Estrela (Patram) estiveram no local. De acordo com o sargento e comandante Adilson Brum, a presença de cães soltos na propriedade dificultaram a identificação de maiores vestígios.
Orientações aos moradores foram passadas para evitar uma nova ocorrência. “A Patrulha Ambiental segue monitorando a área, a fim de conscientizar moradores e demais proprietários de pares naquela localidade”, destaca. Gross afirma ser a primeira vez que um felino ataca animais em Três Saltos Baixo.
O fato chamou atenção de moradores e deixou a comunidade preocupada. “Temos a propriedade muito próxima à mata nativa e isso pode ter atraído o animal. A preocupação é que um animal desse ataque as crianças”, comenta.
Essa é a segunda vez que um felino dessa espécie é avistado em Travesseiro. Em meados de 2007, moradores afirmavam ter visto uma onça parda na propriedade da família Kich. O animal teria atravessado o rio Forqueta e foi visto também em Picada Flor, interior de Marques de Souza, nas imediações do Camping do Sadol e na ferraria Henz. O fato nunca foi confirmado pelas autoridades ambientais, mas ainda hoje a história ocupa rodas de conversas nos municípios.
Fato curioso
O ataque chamou atenção do médico veterinário, João Henrique Zechlinski. Ele visitou a propriedade e acredita que uma onça parda passou pelo local em busca de alimento e descarta a possibilidade de cães terem atacado o bovino, pois as características apontam para um felino de grande porte.
Zechlinski afirma que propriedades próximas à mata nativa são atrativas, pois animais como onças descolam-se até 60 quilômetros em uma noite. Segundo ele, é muito comum avistar animais na região mais alta e distantes como Capitão, Nova Brescia e Putinga. “Seria interessante a instalação de câmeras em pontos estratégicos para identificar a presença destes animais”, sugere.
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