Lajeadense estuda fósseis da Antártida e da Patagônia

HISTÓRIA

Lajeadense estuda fósseis da Antártida e da Patagônia

Paleontóloga Joseline Manfroi está no Chile para desenvolver projeto pelo Instituto Antártico Chileno (Inach)

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Lajeadense estuda fósseis da Antártida e da Patagônia
No início do ano, Joseline participou de uma expedição científica na região de Magalhães, na Antártica Chilena. Crédito: Divulgação
Lajeado
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Paisagens de tirar o fôlego e ricas em história sobre o passado da Terra são o atual destino da paleontóloga lajeadense Joseline Manfroi, graduada em Ciências Biológicas pela Univates. Hoje, ela está no Chile, onde lidera estudos sobre mudanças climáticas na Antártida e na Patagônia, por meio do Instituto Antártico Chileno (Inach), em Punta Arenas.

A cientista é pioneira nos estudos sobre a ocorrência de paleoincêndios vegetacionais durante o Cretáceo, período em que a Península Antártica possuía grandes florestas e era habitada por aves, dinossauros e pelos primeiros mamíferos.

A pesquisadora está, desde fevereiro deste ano, coletando materiais e estudando incêndios florestais e mudanças ambientais e climáticas que aconteceram na região há 145 milhões de anos.

No início de 2022, com uma equipe de paleontólogos com diferentes especialidades do Inach e da Universidad de Chile, Joseline participou de uma expedição científica na região de Magalhães, na Antártica Chilena, com a prospecção de material fossilífero para seus estudos.

“Hoje me sinto muito satisfeita em ter a oportunidade de fazer ciência em um dos ambientes mais extremos do mundo, acompanhada de uma instituição de referência internacional, como é o Instituto Antártico Chileno”, destaca.

Joseline também ressalta que o estudo feito com pesquisadores de diferentes países em conjunto fortalece a área científica e, neste caso, aumenta a ligação entre Brasil e Chile. O projeto é apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Pesquisa pioneira

Os temas de pesquisa de Joseline são pioneiros. Hoje, existem apenas dois trabalhos publicados sobre a área específica que ela estuda. O primeiro deles foi escrito pela própria cientista, em 2015.
“Fico feliz em poder contribuir com informações científicas a respeito das mudanças ambientais e climáticas globais ao longo do tempo e também abrir caminho para futuros jovens pesquisadores”.

Documentado em série

A estadia da pesquisadora no Chile também foi retratada na série “Científicas en el fin del mundo”. O documentário foi lançado pelo Conselho de Monumentos Nacionais do Chile e coordenado pelo paleontólogo José Pérez Marín.

A obra tem como objetivos divulgar a ciência desenvolvida pelas mãos de mulheres e encorajar uma nova geração de cientistas a ingressarem em campos como as geociências. Os episódios apresentam cinco mulheres pesquisadoras, que desenvolvem trabalhos na região mais austral do Chile.


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