Casamento coletivo foca na inclusão e diversidade

Celebração do Amor

Casamento coletivo foca na inclusão e diversidade

Cerimônia está marcada para 22 de novembro, com inscrições abertas entre 1º de setembro e 1º de novembro

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Casamento coletivo foca na inclusão e diversidade
Maria Isabel e Claudionor participaram de um casamento coletivo em 2018. Este ano, completam 23 anos juntos, ao lado dos dois filhos. Crédito: Arquivo Pessoal
Lajeado
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Com o objetivo de regularizar o estado civil de casais homoafetivos, com deficiência, e de pessoas com baixa renda, Lajeado se prepara para o primeiro Casamento Coletivo Inclusivo. Assim, no dia 22 de novembro, 25 casais vão participar da cerimônia de forma gratuita.

As inscrições iniciam em 1º de setembro e seguem até 1º de novembro. Para participar, o casal deve ter idade mínima de 18 anos, ser morador de Lajeado, comprovar renda familiar de até três salários mínimos e apresentar documentos pessoais. Na data, será feito o casamento civil, sem cerimônia religiosa.

A iniciativa é do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM) Vale do Taquari, em parceria com o Registro Civil de Pessoas Naturais de Lajeado, com a Secretaria do Desenvolvimento Social (SMDS), e com o Clube Tiro e Caça (CTC). Além disso, o evento também tem apoio de salões de beleza do município, entre outras entidades.

“Ouvimos e acolhemos a ideia na certeza de que estamos contribuindo com a cidadania de pessoas em que a situação econômica muitas vezes as impede de realizar esse sonho”, destaca a secretária do Desenvolvimento Docial, Céci Maria Rodrigues Gerlach.

De acordo com ela, os casais poderão convidar seis pessoas para participar da cerimônia, que ocorre às 18h, no CTC. A secretaria ficará responsável por confeccionar buquês aos casais participantes.

Poucos registros

Para o diretor-presidente do Núcleo Vale do Taquari  do IBDFAM/RS, Roger Wiliam Bertolo, o objetivo de oferecer este serviço é dar visibilidade, espaço e empoderamento às pessoas de baixa renda e, agora, à diversidade.

“Casais homossexuais e formados por pessoas com deficiência ainda sofrem preconceito na sociedade e, não raras vezes, deixam de formalizar suas uniões por conta disso”, destaca. O profissional ressalta que ainda são poucos os casamentos homoafetivos e de pessoas com deficiência oficializados na região.

Outras iniciativas pelo Vale

Em setembro de 2011, o Ginásio Municipal de Cruzeiro do Sul sediou um casamento coletivo com 16 casais. A iniciativa ocorreu durante a Ação Social BRF com a administração.

Mais tarde, já em maio de 2018, um casamento nos mesmos moldes foi organizado na Paróquia Santo Antônio de Estrela. O primeiro sediado na comunidade, com o objetivo de oferecer condições de buscar a bênção da união religiosa sem gerar prejuízos às famílias.

Entre os participantes, estava o casal Maria Isabel Westenhofer, 39, e Claudionor da Silva, 44. Morando juntos há 20 anos, o casamento não estava nos planos da família, devido ao custo. Mas era um desejo dos moradores do bairro Moinhos, em Estrela.

Maria Isabel conta que a cerimônia foi emocionante. “Colocaram até um tapete vermelho pra mim. Minha família estava lá, uns colegas de trabalho e eu entrei com meus dois fiilhos”, lembra.

Também naquele ano, durante a Ação Global do Sesi e Rede Globo, uma das atividades da iniciativa foi o casamento coletivo, celebrado por 26 casais.

Inscrições

• Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Espaço da Cidadania (Centro): (51) 3982-1090.

• Cras Espaço de Todos Nós (Santo André): (51) 3982-1133.

• Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas): (51) 3982-1240.


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