Filme produzido por moradores do Vale concorre no Festival de Cinema de Gramado

CULTURA

Filme produzido por moradores do Vale concorre no Festival de Cinema de Gramado

Curta-metragem “Drapo a” retrata parte da história dos haitianos no Vale. Obra disputa na categoria de melhor filme, e em outras 11, do prêmio Assembleia Legislativa – Mostra Gaúcha de Curtas

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Atualizado segunda-feira,
08 de Agosto de 2022 às 11:06

Filme produzido por moradores do Vale concorre no Festival de Cinema de Gramado
Imagem do curta (Foto: Divulgação)
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Um filme produzido por moradores de Lajeado e Encantado concorre na 50ª edição do Festival de Cinema de Gramado. O curta-metragem “Drapo a” (A bandeira no idioma crioulo) está na disputa ao prêmio Assembleia Legislativa – Mostra Gaúcha de Curtas. Além da premiação de melhor filme, a obra compete em outras 11 categorias, como melhor direção e ator.

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A obra estreia no dia 13 de agosto, durante o festival. A cerimônia de premiação ocorre no domingo, dia 14 de agosto, com a entrega dos troféus aos vencedores. Todos os ingressos serão gratuitos mediante a arrecadação de alimentos, em comemoração aos 50 anos do Festival. Dos mais de cem trabalhos enviados ao festival, apenas 17 foram selecionados.

Com 19 minutos de duração, o curta mostra a conexão dos tempos presente e passado na história do Haiti. Apresenta situações contemporâneas e tradições ancestrais por meio da música e da representação de personagens históricos. O idioma original do filme é o creole haitiano, com legendas em português. A obra tem a participação de 12 imigrantes haitianos e conta parte da história de um povo que adotou o Vale como seu novo lar.

“Gramado é uma importante janela de exibição para estrear um filme. A grande tela dá visibilidade à comunidade haitiana do Vale e traz ao debate importantes temas para nossa região”, destaca o diretor encantadense, Henrique Lahude.

Cenas da obra foram gravadas em Encantado e Lajeado. Além do incentivo local, com locações como a Casa de Cultura de Encantado, o projeto contou com o financiamento da Lei Aldir Blanc, através de um edital lançado pela Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul.

Os diretores

Alix Georges (haitiano) e Henrique Lahude (encantadense) (Foto: Divulgação)

Alix Georges (haitiano) e Henrique Lahude (encantadense) trabalham juntos em projetos audiovisuais desde 2017. Pesquisam e registram a diáspora haitiana no Rio Grande do Sul. Seu primeiro filme, Fè Mye Talè (2018), participou em mais de 15  festivais, mostras e congressos. Receberam prêmios de melhor direção e trilha sonora.

“Drapo a” (2022) é o segundo filme da dupla. O próximo projeto previsto é um longa-metragem retratando mais a fundo a cultura do Haiti – a primeira república negra do mundo e o primeiro país ocidental a abolir a escravatura.


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