Em defesa do meio ambiente, A Hora e MP firmam cooperação

Viver Cidades

Em defesa do meio ambiente, A Hora e MP firmam cooperação

Parceria entre Ministério Público e Grupo A Hora visa integrar e fortalecer iniciativas voltadas ao monitoramento da qualidade das águas

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Atualizado segunda-feira,
15 de Agosto de 2022 às 11:00

Em defesa do meio ambiente, A Hora e MP firmam cooperação
Durante a cerimônia, o diretor de Mercado e Estratégia do Grupo A Hora, Fernando Weiss, apresentou os dados do primeiro relatório do Viver Cidades. Informações também foram entregues para o MP (Foto: Júlia Amaral)
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

A fim de reforçar a preservação ambiental, em especial, dos recursos hídricos do Vale do Taquari, o Grupo A Hora e o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP) assinaram nessa sexta-feira, 5, um termo de cooperação ambiental. A parceria viabiliza o desenvolvimento em conjunto de projetos na área de monitoramento de nascentes e qualidade da água da região, antes realizados de forma independente.

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Agora, é possível relacionar dados do projeto VIver Cidades, do Grupo A Hora, com o aplicativo Água para o Futuro, do MP. “Dessa forma, somamos e multiplicamos uma ferramenta de convencimento e sensibilização sobre um assunto que não pode mais ser negligenciado como estamos vivenciando”, reforçou o diretor de Mercado e Estratégia do Grupo A Hora, Fernando Weiss.

Durante a cerimônia, foram entregues ao MP de Lajeado os dados e interpretações da primeira coleta de água dos 23 pontos de dois rios (Taquari e Forqueta) e 12 arroios da região da bacia Taquari-Antas, publicados em abril deste ano, em suplementos encartados no jornal A Hora, por meio do projeto Viver Cidades. A coleta e análise de água foram feitas pelo Laboratório Unianálises, contratado pela empresa de comunicação. Até o próximo ano, mais três coletas e análises serão publicadas.

O procurador-geral de Justiça, Marcelo Lemos Dornelles, assinou o termo de cooperação junto do promotor de Justiça Regional, Sérgio da Fonseca Diefenbach (Foto: Júlia Amaral)

O procurador-geral de Justiça, Marcelo Lemos Dornelles, salienta que a área do meio ambiente é muito sensível ao MP e que por isso o acordo deve ser celebrado. “O trabalho de mostrar o tamanho do problema e buscar soluções é muito relevante. O que destaco é por ter vindo de um grupo de comunicação. Por isso somos parceiros do projeto, porque vimos seriedade nele”, destaca.

“Tendo um rio bom, teremos água boa, saúde boa, menos hospitalização, teremos menos doenças. Essa missão é nossa”, frisa o promotor de Justiça Regional da Bacia Hidrográfica dos Rios Taquari e Antas, Sérgio da Fonseca Diefenbach. Conforme explica o promotor, o trabalho será de apontamento dos pontos de monitoramento e de maior necessidade de acompanhamento. “Nem que seja para causar o nosso próprio constrangimento”, salientou.

Água para o Futuro e Viver cidades

Os resultados já publicados no Viver Cidades, conforme o Índice de Qualidade de Água (IQA), apontaram 12 pontos com classificação péssima (a pior na escala) e 11, ruim. O Rio Taquari é considerado péssimo nos pontos de coleta em Arroio do Meio, Cruzeiro do Sul e Lajeado. Em Encantado, a qualidade é considerada ruim. O Rio Forqueta tem ponto classificado como péssimo em Arroio do Meio e ruim em Marques de Souza.

Entre os arroios, estão classificados como péssimos o Engenho, com a pior condição, seguido pelo Encantado e Saraquá, todos em Lajeado. Quanto à contaminação por esgoto doméstico, o parâmetro coliformes termotolerantes, os índices estão acima do limite da pior classe em 11 pontos, dois se enquadram na classe 4 (carga mais alta) e oito, na 3, e dois, na classe 2.

Já o sistema Água para o Futuro foi idealizado para mapear e identificar nascentes de água. Criado pelo MP do Mato Grosso e disponibilizado ao MPRS, o aplicativo oferece a lista de nascentes, a possibilidade de incluir novos olhos d’água, mapa das nascentes entre outras informações, que agora serão compartilhadas com o Grupo A Hora, a partir do termo de cooperação.

Repasse ao hospital

Na mesma cerimônia, ocorreu a formalização do repasse de R$ 1,6 milhão ao Hospital Bruno Born. Os recursos são provenientes de acordos de não persecução penal, feitos pelo Ministério Público por meio da Promotoria Especializada Criminal. As reformas que já foram realizadas no Hospital foram exibidas em vídeo durante o evento.

“Estamos verificando um episódio ilícito se transformar num bem comum se arranhar a liberdade daqueles que praticaram o ato. Nos faz lembrar que nem sempre com cadeia resolvemos tudo. Muitas vezes podemos fazer isso reverter em benefícios para comunidade”, pontuou Diefenbach.


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