Em convenção tensa, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) aprovou apoio à chapa encabeçada por Eduardo Leite (PSDB) ao governo do Estado. Foram 239 votos a favor da aliança, enquanto 212 defenderam a candidatura própria ao Piratini.
Esta é a primeira vez desde a redemocratização que o MDB deixa de liderar uma chapa ao governo gaúcho. Agora, cabe à sigla a indicação do vice na coligação com o PSDB. O deputado Gabriel Souza, único inscrito na convenção como pré-candidato a governador, deve ser o nome escolhido.
Os dois partidos estiveram em lados opostos na última eleição estadual, em 2018. Na ocasião, Leite derrotou nas urnas José Ivo Sartori, então governador e candidato a reeleição. Porém, o MDB integrou a gestão tucana e ocupou importantes cargos no alto escalão ao longo dos últimos anos.
Apesar do apoio confirmado ao PSDB, nomes importantes do partido criticaram o fato do MDB não ter candidato próprio. Um grupo de filiados, inclusive, foi embora da convenção após registrarem o voto. Entre eles o ex-governador Sartori, o ex-senador Pedro Simon e o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo.
Além do MDB, Leite já recebeu o apoio do Cidadania, do União Brasil e do Podemos. O ex-governador, que renunciou ao cargo em março, teve sua candidatura homologada também neste domingo, 31. Nesta segunda-feira, 1º, o PSD promove convenção e também deve aderir à chapa e indicar Ana Amélia Lemos como candidata ao Senado.
