O (maravilhoso) corpo que habito

Opinião

Miguel Lucian

Miguel Lucian

O (maravilhoso) corpo que habito

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Atualizado quinta-feira,
28 de Julho de 2022 às 19:23

Lajeado

Passamos nossos dias e nossas horas imbuídos de compromissos, pensando nas mais variadas tarefas, preocupados com prazos, contas, obrigações e, com frequência, tão estressados que passa despercebido a incrível máquina a qual nos foi dado o privilégio de controlar.

Te faço um pedido para dar como exemplo:

Se desligue um pouco da rotina, respire fundo e…

Estale os dedos.

Simples assim!

Ação tão simples, tão fácil, tão rápida, tão automática… Mas tão complexa!

Iniciamos buscando em nossa memória a experiência sensorial do estalo de dedos, adquirida muito provavelmente na infância. Repare que fazemos isso em uma velocidade muito superior a buscas feitas no Google: em milissegundos a ação esteve pronta para ser executada.

Para que ela aconteça, nosso cérebro precisa enviar um sinal elétrico que percorre todo o sistema nervoso central e por meio das terminações nervosas encontra os músculos certos, a fim de movimentar as articulações certas.

Dessa forma, a força aplicada na pressão do polegar e médio gera uma onda sonora assim que um sutil deslizamento dos dedos for provocado.

Essa onda é captada pelo ouvido e, por meio de estruturas muito delicadas, chega ao nervo e em seguida ao córtex auditivo. E, no cérebro, essa sinalização faz com que tenhamos a percepção do som.

Ativamos nossa memória, envolvemos alguns pares de nervos motores, inúmeros músculos, algumas articulações, deflagramos movimento, emitimos, captamos e identificamos um som.

Provavelmente relacionamos esse som com outro momento de nossa vida, graças novamente a nossa memória. Tudo isso (bem simplificado e resumido), literalmente, em um estalar de dedos, que foi apenas um exemplo.

Nosso corpo é capaz de tantas proezas, tantas coisas incríveis que fazemos de forma tão rotineira e com tanta naturalidade que nem nos damos por conta.

Coisas simples como levantar do sofá, ver o pôr do sol, sentir o cheiro do café ou ainda aquele ventinho gelado que faz a pele arrepiar. Até coisas mais complexas como dirigir, tocar violino ou surfar.

Todas são possíveis graças a vários sistemas de nosso corpo trabalhando em conjunto. Habitamos um corpo maravilhoso e precisamos despertar a consciência de que isso é um privilégio e que preservar suas funções é nossa obrigação!

Dentre todas as ações que o nosso corpo é capaz, escolhi como profissão trabalhar com o movimento e os inúmeros benefícios físicos, mentais e sociais que ele pode proporcionar.

E é sobre isso que terei prazer de escrever a vocês periodicamente, de uma forma que possamos rever alguns conceitos: desenvolvendo consciência, questionando comportamentos e buscando estabelecer o movimento como ferramenta de desenvolvimento pessoal.


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