Estudo atesta qualidade do leite produzido na região

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Estudo atesta qualidade do leite produzido na região

Pesquisa publicada em revista internacional avalia transporte refrigerado e os processos para obter o leite UHT e pasteurizado. Resultados contribuem para aprimorar técnicas da cadeia produtiva e asseguram cumprimento de normativas do setor

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Estudo atesta qualidade do leite produzido na região
Pesquisa contou com amostras do leite cru coletado nas propriedades e após processamento nas indústrias . Crédito: Arquivo/A Hora
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

A publicação de estudo indica que os processos de beneficiamento do leite nas indústrias da região são eficientes na diminuição de microrganismos do leite cru refrigerado. Os resultados também permitem rastrear eventuais falhas em procedimentos e qualificar a cadeia produtiva regional.

O trabalho compõe tese de doutorado da bióloga Thais Müller e contou com coleta em laticínios do Vale do Taquari. Essas informações compartilhadas com produtores e empresas fazem parte de trabalhos desenvolvidos dentro de um programa maior coordenado pela professora da Univates, Claudete Rempel, e intitulado “Sustentabilidade em propriedades produtoras de leite.”

Esse projeto tem a participação de bolsistas de graduação, mestrandos, doutorandos e professores, além de várias ações voltadas à vegetação, análise socioeconômica, solo, água, qualidade do leite e da vida dos produtores. De acordo com Thais, o propósito das análises físico-químicas e microbiológicas, e do sequenciamento genético foi de verificar os tipos de bactérias presentes no leite e o cumprimento de normativas do setor.

Além deste primeiro estudo, orientado pela coordenadora do projeto e co-orientado pela professora Mônica Jachetti Maciel, outros três foram submetidos às revistas científicas e aguardam a avaliação. Eles complementam a pesquisa às empresas e produtores. “Analisamos aqueles aspectos exigidos pela legislação e outros critérios que vão além”, revela a bióloga.

Entre os indicadores revelados, o nível de acidez apresentou maior variação. “A acidez pode ser ocasionada pela ação de bactérias, que fermentam a lactose e produzem o ácido lático. A presença de microrganismos no leite é aceitável e, até mesmo benéfica, desde que estejam em níveis considerados seguros”, detalha Thais.

O indicador de acidez não foi considerado problemático em virtude de que a maior parte dos parâmetros apresentam níveis dentro do estabelecido pela legislação. Para chegar aos resultados da pesquisa, foram coletadas seis amostras em duas indústrias da região.

As coletas ocorreram em tanque refrigerado de caminhões, outra do leite pasteurizado e ainda, do leite esterilizado

Setor em números

– Brasil é o terceiro maior produtor de leite do mundo, com 35 bilhões de litros ao ano;
– Minas Gerais é o estado brasileiro com maior produção;
RS detém a terceira posição e contribui com 12,4% (4,2 bilhões de litros em média entre 2018 e 2020);
Vale do Taquari produz 42 milhões de litros do ano e se destaca entre as principais regiões do segmento.

Fonte: Atlas Socioeconômico RS

 


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