O governo municipal encaminhou para a câmara de vereadores o projeto de lei que prevê a desapropriação de uma área de terras de 8,2 mil metros quadrados, de propriedade de Gunter Immich, em Rui Barbosa.
O objetivo é resolver um impasse antigo entre a família e o clube, que construiu a sede e o campo de futebol em um terreno doado e que não está regularizado.
A área foi avaliada em R$ 149 mil por uma comissão imobiliária do Executivo. Conforme o secretário da Administração, Aurio Paulo Scherer, a desapropriação tem a finalidade de instituir uma área pública no local, fazer a regularização junto ao Registro de Imóveis e ceder o uso ao clube que está instituído no bairro há mais de 50 anos, mas não possui escritura.
Na área, encontra-se o campo de futebol, o salão e cancha de bocha. A desapropriação pública foi um pedido do presidente da entidade, Paulo Luis Schuster, que assumiu a gestão do Esperança em agosto de 2021, e do vereador Roque Haas (PP).
Segundo Schuster, o impasse em torno da área de terras impedia a diretoria de fazer investimentos e projeções de ampliar a estrutura física. “Não tínhamos a escritura da terra e das nossas construções. Isso nos impedia de fazer melhorias no local”, cita.
Com a regularização, a diretoria planeja melhorias no espaço e investimentos na construção de banheiros e ampliação da sede, com a construção de uma área de bocha 48. Além dos associados, utilizam da estrutura do Esperança o Clube de Mães, Grupo de Idosos.
Conforme Schuster, as atividades do clube são semanais, com jogos de bocha, futebol de veteranos e torneios internos de canastra. Um dos objetivos é colocar o clube de volta na competição municipal de futebol e concluir a pintura interna e externa do espaço.
Entenda o caso
O Esporte Clube Esperança foi fundado em maio de 1960. Na época, a sede, o campo de futebol e cancha de bocha foram construídas nas terras de Lauro Immich. Na ata de fundação, um acordo previa o pagamento de aluguéis em troca da cedência. Porém, com o passar dos anos, isso não foi cumprido.
De lá pra cá, gestões buscavam uma negociação. Com a morte de Lauro Immich, as terras com a sede social do clube, canchas e campo de futebol foram herdadas pelo filho Gunter. Sem a escritura definitiva da área, diretorias ficavam impedidas de executar obras e ampliações no local.
Agora, um projeto de lei prevê que o município faça a compra da área e posteriormente a doação ao Esporte Clube Esperança por meio de uma cessão de uso.