O litro da gasolina comum varia até R$ 0,73 em postos da região. Os dados são da plataforma Menor Preço, do governo estadual, e consideram os valores na emissão da nota fiscal. Esse relatório também indica queda gradativa no preço desde o mês passado.
A redução nas bombas diverge entre estabelecimentos. Enquanto a gasolina é vendida a R$ 5,59 em Estrela, o combustível custa R$ 6,32 em posto na cidade de Encantado. Essa variação de preços também é encontrada em outros municípios, a exemplo de Relvado, Capitão e Progresso.
A justificativa de proprietários de postos é o estoque com gasolina mais cara e a diferença de valores praticados pelas distribuidoras. “Nosso fluxo de vendas é menor comparado a um posto em Lajeado. Além disso, o combustível já chega mais caro”, comenta o empresário Ezequiel Bonfanti.
Segundo ele, no mês de junho a gasolina comum era vendida a R$ 7,30. Em menos de um mês a redução chega a R$ 1. “Não podemos ter volumes elevados nos tanques pois o mercado dos combustíveis está muito instável.”
Ainda de acordo com Bonfanti, enquanto o preço da gasolina está em queda, o valor do diesel segue elevado e chega a custar R$ 7,70. “Temos o posto há 19 anos e não lembro de um momento similar a este. Nossa margem é cada vez mais apertada para tentar aliviar a conta ao consumidor.”
Esse recuo no preço da gasolina tem por influência a redução do ICMS de 25% para 17%, novo preço de pauta do combustível e a isenção de tributos federais Cide e Pis/Cofins. Por outro lado, o óleo diesel é pressionado pelo mercado internacional.
Redução temporária
A redução está assegurada até o fim do ano, mas pode sofrer impactos por fatores externos. De acordo com o presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Estado do RS (Sulpetro), João Carlos Dal’Aqua, é um alívio momentâneo.
“O repasse ainda ocorre entre as distribuidoras e postos, por isso algumas disparidades de valores. É preciso ressaltar que o preço é livre e varia conforme a estratégia e necessidade de cada estabelecimento”, observa Dal’Aqua.
Em relação ao diesel, destaca ser um momento complexo e pressionado pelos impactos da pandemia e da guerra na Ucrânia. “Não tem como prever o que vai acontecer. O custo de produção segue elevado e com demanda maior do que oferta. Com isso, está difícil de reduzir o preço”, reforça o presidente do Sulpetro.
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