Espaços públicos ganham cor pelas mãos de voluntários

CULTURA

Espaços públicos ganham cor pelas mãos de voluntários

Na tarde de sábado, 20 artistas participaram da 1ª “Sopa de Letras” e criaram um mural compartilhado no bairro Americano

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Espaços públicos ganham cor pelas mãos de voluntários
Iniciativa busca valorizar espaços em bairros pouco habitados de Lajeado. Crédito: Bibiana Faleiro
Lajeado

Com tintas coloridas, pincéis e sprays, 20 artistas deram uma cara nova a um espaço público no bairro Americano. De forma voluntária, foram convidados para participar da 1ª Sopa de Letras Gin Arts, organizada pelo artista Giovani Giovanella, mais conhecido como Gin, no sábado. Durante o evento, também foram instaladas lixeiras, uma mesa e churrasqueira, a fim de incentivar o uso do local.

“A ideia surgiu das minhas vivências, e de querer trazer um evento como este pra cá”, destaca Gin. A modalidade busca reunir diferentes pessoas para criar um mural compartilhado e, assim, cada artista pinta seu nome artístico em diferentes cores, formatos e texturas.

Para a primeira edição do projeto, o muro escolhido fica na rua Ruy Barbosa, nos fundos do Parque do Engenho. O coletivo é a principal peça do trabalho e a ideia é repetir a iniciativa em outros bairros. “Tem um projeto meu que vai rodar com isso. Tem que atacar os bairros onde não tem recurso, melhorar o ambiente e fazer as pessoas frequentarem”, ressalta o artista.

Ao lado dele, estiveram voluntários de Lajeado, Estrela, Arroio do Meio, e de cidades mais distantes, como Caxias do Sul, Venâncio Aires, São Leopoldo e Muçum. As assinaturas que podem ser conferidas no mural são: Gem, Fla, ECB, Pila, SPJ, Kaoz, KBlo, Chama, Didi MDR, Sap, Jubx, Maxis, IVS, CSR, FS, Digo Tibas, Peor, Marília, Preta, Salva, Gin e ACR.

De acordo com Gin, o próximo evento já está no papel. A ideia é fazer uma parceria com o poder público para colorir muros em estruturas públicas. Um deles é a lateral do antigo Daer. “Queremos fazer um evento maior, a nível gaúcho, um evento grande que englobasse 40, 50 artistas para fechar todo o mural. Isso teria grande visibilidade e duraria a vida toda, preservando o espaço”.

Vida no grafitti

Gin faz graffiti desde 2000, mas faz cinco anos que vive a arte como profissão. Hoje, ele mantém um atelier na Rua Arthur Bernardes, bairro Alto do Parque, que fica abertoa para visitação.

O lajeadense também ministra oficinas de grafitti e faz parte do Setorial de Cultura da cidade, com sugestões e ideias para incentivar a arte. Ele acredita que o município está crescendo no setor, mas ainda é necessário incentivo.

“O Vale está consumindo isso, mas tem que aprender a dar valor pra arte e perceber o quanto ela é necessária. Temos que trabalhar para que essas ações sejam normalizadas”, finaliza.


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