Nas duas décadas de história do veículo, os avanços tecnológicos interferiram na forma de fazer e de se entregar as notícias. O celular com acesso à internet tornou qualquer pessoa uma repórter em potencial.
Mesmo com a facilidade em divulgar informações, essa ação do internauta não representa o jornalismo profissional, sustentado no rigor da apuração, nos critérios de noticiabilidade e na credibilidade presente na atuação dos grupos de comunicação.
Para o público, as informações nas redes trouxeram agilidade e instantaneidade, característica então restritas ao radiojornalismo. No entanto, pecam pela superficialidade, falta de contextualização e, por vezes, maculadas por ideologias, preconceitos e mentiras.
Neste cenário, cabe aos veículos de comunicação tradicionais o trabalho de curadoria, de busca pela verdade factual e pela defesa do bem comum.
Com esse propósito, o Grupo A Hora procura construir a própria história. Com a entrega de conteúdo em multiplataforma, rompe barreiras e se consolida entre os maiores veículos do interior gaúcho.
Com o jornal diário, está presente em mais de 40 cidades, com distribuição preponderante no Vale do Taquari, mas também nos principais órgãos de governo do RS, em agências de marketing, de publicidade e parlamentos.
Para o diretor Executivo, Adair Weiss, o A Hora se coloca à sociedade como veículo de comunicação, bem como um provocador do desenvolvimento regional, por meio de ações e projetos.
Comunicação estratégica para marcas
No ramo da comunicação voltada às empresas, o grupo promoveu a fusão do Estúdio A com a agência Plural. Deste
reposicionamento surge o Estúdio Alfa. Conforme o diretor, Sérgio Sant’Anna, a estratégia tem como foco o tratamento da informação diante da estratégia do cliente.
Esse processo vai ao encontro do conceito de se tornar um hub de comunicação em um momento onde a região se destaca em diversos segmentos, como na produção de alimentos, no turismo e na formação de startups.
O serviço de gestão comunicacional para empresas surgiu no A Hora em 2016. Entre os serviços oferecidos, destacam-se: desenvolvimento de estratégias de conteúdo; produção audiovisual, spots de rádio e podcasts, eventos, gestão de mídias digitais e editora.
ENTREVISTA – Adair Weiss, Diretor Executivo do Grupo A Hora
“Precisamos erguer a bandeira da profissionalização”
A Hora – Dos primeiros anos em Santa Clara do Sul, no semanário voltado às comunidades do interior, para hoje, o que pode ajudar a compreender esse caminho e essa evolução?
Adair Weiss – O interesse tem que ser sempre genuíno e a ação congruente. Isso cria sintonia e uma atmosfera favorável para as coisas darem certo. Sempre tivemos como foco aquilo que precisa ser feito, junto com um desejo de contribuir com a sociedade. Hoje mantemos esse foco e esse desejo. Duas palavras que movem o negócio.
O A Hora teve a felicidade ao longo dessas duas décadas de ter muita gente que se dedicou e entrou com a vontade de crescer junto. Também de empresas que investiram conosco justo por esse interesse em evoluir. Penso que se criou uma sintonia de propósitos.
Como foi o processo de ser um jornal interiorano para um diário com distribuição em mais de 40 cidades?
Weiss – Encontramos uma lacuna e transformamos em oportunidade. Foi aí que o A Hora entrou. Usamos um espaço que estava até então vago e passamos a crescer lado a lado com veículos de comunicação tradicionais, a ponto de hoje termos nos tornado uma das principais grupos de comunicação do interior do estado.
Hoje estamos em todas as plataformas. Conseguimos em 20 anos alcançar maturidade e capilaridade em todo o Vale do Taquari. Para mim, o propósito desde os primeiros anos de contribuir para o desenvolvimento da comunidade ajuda a conquistar esses resultados de hoje.
Se a região crescer, o nosso entorno se desenvolver, nós vamos juntos. Por isso afirmamos: nossa força é o desenvolvimento regional. Por isso, nosso foco é contribuir para o avanço das empresas, das instituições, da sociedade, da academia, da cultura e do conhecimento. Assim seremos parte desse ecossistema virtuoso.
E o futuro? Qual a estratégia do A Hora para os próximos anos?
Weiss – Uma coisa é o desejo que temos de estarmos presentes no processo de evolução do Vale. Para isso, precisamos ter solidez. Sustentabilidade financeira e de profissionais.
Agora, tenho certeza que nos próximos dois ou três anos, período que podemos projetar bem, o A Hora mira esforços na qualificação profissional, tanto interna quanto externa.
Entendemos que o Vale do Taquari vive um momento derradeiro. Se não agir, teremos um apagão da mão de obra. Precisamos erguer a bandeira da profissionalização, da qualificação da mão de obra e do desenvolvimento de talentos. Desde o servente de pedreiro, ao professor, o doutor.
Falta pessoas com qualificação, com conhecimento, para atuar. O papel do Grupo A Hora, não tenho dúvidas, será sobre essa temática.
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