A 20ª Convenção CDL Lajeado serve de bússola para um setor inundado de ideias mirabolantes, mas pouco efetivas. Em uma época marcada por discussões intermináveis e ineficientes sobre metaverso, inteligência artificial e robôs, o evento deu luz ao pragmatismo que remete a única razão de existência de qualquer negócio: as pessoas.
Lasaro do Carmo Jr., Fabiano Zortéa e Martin Henkel foram enfáticos na defesa das relações humanas como o principal fator de crescimento de uma empresa do varejo, e não a tecnologia. Mesmo as ferramentas tecnológicas de vendas precisam de operadores humanos para serem eficientes. Ninguém gosta de ser atendido por robôs.
O evento também teve uma verdadeira aula de economia com Oscar Frank e foi encerrado com a emocionante palestra de Daniel Dias, maior atleta paralímpico da história do Brasil. Nascido sem braços ou pernas, Dias encantou a plateia com o relato de superação dos desafios provocados pela deficiência – algo que somente o ser humano é capaz de fazer.
Empreendedorismo resiliente
Apesar das dificuldades provocadas pela pandemia e as turbulências econômicas, o número de negócios com mais de três anos e meio de existência aumentou no Brasil. Dados do relatório da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) mostram que 14 milhões de pessoas, entre 18 e 64 anos, lideraram empresas no país e 2021, quase 10% da população adulta. Esse aumento no número de operações elevou o Brasil da 13ª para a 7ª posição do ranking mundial de empreendedores, em uma escala de 50 países.
Realizada pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), o estudo também mostra que metade dos empreendedores que abriram empresas entre 2020 e 2021, iniciaram os negócios por necessidade, e não por perceber uma oportunidade – dado que explica a explosão de Micro Empresas Individuais em meio a pandemia. A resiliência do empreendedor passa também pela necessidade de sobrevivência.
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