A reivindicação por melhorias na estrada de chão e o avanço das obras de pavimentação asfáltica, são os principais motivos para a manifestação deste sábado, 25. O ato organizado pelos moradores ocorre a partir das 9h.
“Não estamos aqui para apontar culpados ou ir contra o prefeito e os vereadores. Não é um ato político. Sabemos que cada um tem sua parcela de culpa, mas o objetivo do protesto é chamar atenção à nível estadual para que o governo tome uma providência ou auxilie a prefeitura”, destacam os moradores.
Eles se referem aos 6,1 quilômetros de chão batido que devem receber asfalto, viabilizados através de convênio de cooperação técnica, firmado entre o governo do estado por meio do Daer/RS e o município de Roca Sales.
As obras iniciaram em 2021 e tinham previsão de término para maio deste ano. Entretanto, por falta de recursos e as más condições climáticas fizeram os serviços perdurarem além do planejado. Conforme a administração municipal, responsável pela obra e por 70% dos recursos investidos, não há previsão de término.
Os moradores reiteram que essa é uma estrada estadual e não municipal. “O governador e os deputados deveriam se dedicar mais a este trecho que é a principal ligação da região alta com a região baixa do Vale, depois da ERS-130”, pontuam.
A comunidade se prepara para fazer a manifestação de forma pacífica, com cartazes e pequenos bloqueios na via, tendo a orientação da Polícia Rodoviária Estadual. “Queremos mostrar nossa revolta com essa situação. É uma reivindicação que se mantém há mais de 30 anos”, dizem.
“Até quando?”
A estrada que recebeu a limpeza da vegetação, drenagem, preparação do solo e tubulação, hoje, está quase intrafegável, segundo os moradores. Eles relatam que há muita poeira, barro e buracos. Em uma parte do trecho, só um veículo consegue utilizar a via. “Dizem que a obra está em andamento, mas até quando? Tem dias que precisamos andar a 20km/h de tanto buraco para não estragar o carro. Impossível que nada possa ser feito”.
A comunidade enfatiza ainda, que como o trecho é utilizado como uma rota alternativa ao desvio do pedágio, o fluxo de veículos está maior, o que faz com que a estrada de chão não se mantenha em boas condições.
“Há muitos produtores de leite, frango e suíno, precisamos de uma estrada digna para o escoamento. O trecho também já se tornou uma ligação turística, é isso que eles vão apresentar aos visitantes?”, questionam.