Nem muito, nem pouco, tempo suficiente

Opinião

Bibiana Faleiro

Bibiana Faleiro

Jornalista

Colunista do Caderno Você

Nem muito, nem pouco, tempo suficiente

Por

Atualizado quinta-feira,
02 de Maio de 2022 às 17:48

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Dia de semana parece passar voando. A gente acorda, toma café. Ou, às vezes, pula a refeição mais importante do dia, e sai apressado mais uma vez. Com as mãos e os olhos no celular, tropeça em uma calçada levantada pela rua. Pisa em uma poça de água ou, simplesmente, não vê ninguém que cruza com a gente pelo caminho.

Nesse ritmo, se passa a segunda, a terça e a quarta. Quando percebemos, já é sexta e a gente não viu a semana acabar. Parece que reclamar da falta de tempo e da pressa com que a vida vai nos empurrando virou rotina. Mas, o que não colocamos na nossa rotina é o próprio tempo, para fazermos coisas que gostamos, ou não fazermos nada demais.

Lá em casa, costumo dizer que se uma coisa boa acontece no meio da semana, a gente tem que agradecer, porque os dias já são pesados demais. E, afinal, quem não gosta de fazer uma janta boa e abrir um vinho em plena quarta-feira?

Essas pequenas alegrias no meio da semana quebram aquele ritmo tão frenético. Também pode ser na segunda, ou na quinta. Não tem dia certo pra ser feliz.

Para manter a saúde – mental e física – em dia, também é importante dividir bem o nosso dia. Nem só trabalho, nem só diversão. Mesmo que seja o trabalho dos sonhos. Ou um emprego que não gostamos tanto assim. Mais uma vez, o equilíbrio é que torna a vida interessante.

E, apesar de parecer curioso, fazer atividades que gostamos faz nossos dias serem mais longos. Ou, pelo menos, nos faz enxergar onde o nosso tempo foi parar. Se for ficar em casa, não tem problema. Com o celular bem guardado no bolso, o nosso tempo também pode duplicar. Mesmo os nossos trajetos diários podem ser mais lentos, mais bonitos e interessantes.

Ao olhar para a rua ou para o céu enquanto caminha, a gente percebe quando o outono começa. Cumprimenta um conhecido na rua e sorri para um cachorro que encontra seu dono. Tantas coisas acontecem em um curto espaço de tempo que, se observarmos bem, é o tempo suficiente, nem muito, nem pouco, para que a vida aconteça todos os dias ao nosso redor.


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