RGE ou EGR: As três letras que perseguem o Vale

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor de Mercado e Estratégia do Grupo A Hora

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

RGE ou EGR: As três letras que perseguem o Vale

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A ordem dos fatores não altera o produto. Neste caso, não altera o serviço. Mais do que no nome, as duas instituições se igualam na incompetência. Com todo o respeito aos profissionais e aos líderes que representam a EGR e a RGE, mas é inaceitável o que ambas fazem com o Vale do Taquari.

Ouvir o prefeito de Paverama – ou quase todos os demais da região – dá a dimensão da assistência, ou da falta dela, que a RGE presta aos usuários. Transitar pela RSC-453 virou missão de guerrilha, tamanho desafio é chegar com o carro inteiro num destino final entre Lajeado e Venâncio Aires.

Entra ano e sai ano as críticas só aumentam. Incrível a incapacidade de ambas em levar ao cidadão o serviço que ele paga, seja pela luz ou pelo pedágio.

Uma das principais rodovias da região atinge seu pico de “ruindade” em 2022. Um único adjetivo é insuficiente para descrever a situação da estrada. Para os usuários, a revolta é geral. E justificável. Pagam pedágio de R$ 6,30 para fazer malabarismo e desviar dos buracos e desníveis. “Será que estão esperando uma tragédia para agir”, questionou o prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa, durante entrevista no programa Frente e Verso dessa sexta-feira, apresentado direto das margens da rodovia, em Mato Leitão.

O Grupo A Hora endossa o coro dos empresários e prefeitos da região e se soma ao movimento que cobra uma intervenção imediata da EGR ou do governo estadual. A foto de capa do jornal a Hora dessa quinta-feira, republicada ao lado, é a prova cabal daquilo que não é – ou não deveria ser – uma rodovia pedagiada. Eduardo Leite, o ex-governador do Estado prometeu acabar com a EGR em seu mandato. Saiu sem cumprir a promessa. Agora, está nas mãos de Ranolfo Vieira Junior.

Restam sete meses.

A manifestação do Promotor de Justiça de Venâncio Aires, Pedro Rui da Fontoura Porto, deixa um pingo de esperança por obras imediatas. “Se a EGR não mandar máquinas para a 453 na próxima semana, vamos tomar medidas judiciais cabíveis”. Entre as medidas, deverá estar o pedido por abrir as cancelas do pedágio. Aliás, já deveria ter sido suspensa a cobrança da tarifa há muito tempo. A EGR está extorquindo os motoristas na praça em Cruzeiro do Sul. Cerca de 10 mil motoristas são assaltados pela EGR 24 horas por dia, de segunda a segunda. Trata-se do maior absurdo que vi nos últimos tempos.

Alô, governador. Chegou a hora de o governo estadual intervir. Ele interveio na BR-290 e injetou R$ 500 milhões para concluir obras de compromisso do governo federal. Diante do caos da RSC-453, é preciso fazer a mesma coisa. A urgência é igual.

Enfim, EGR ou RGE. Tanto faz a composição. É problema na certa.


Frango do Vale para o Japão

Um dos mais exigentes mercados globais acaba de comprar uma remessa de frangos da Dália Alimentos. Com apenas dois anos de atuação na avicultura, a cooperativa rompe as fronteiras japonesas e se credencia para outros mercados mundiais, igualmente exigentes e altamente rentáveis e estratégicos. Além de pagar bem, o Japão compra carne de frango em grande volume. O negócio entre a Dália e o mercado japonês foi anunciado nessa sexta-feira, durante o lançamento da programação dos 75 anos da instituição.


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