Pré-candidatos discutem caminhos para o Vale chegar ao Congresso

Eleições 2022

Pré-candidatos discutem caminhos para o Vale chegar ao Congresso

Primeira rodada da sequência de debates com concorrentes a cargos eletivos teve a participação de Ênio Bacci, Felipe Diehl, Leonardo Stephan e Ricardo Wagner. Postulantes à Câmara Federal ainda abordaram temáticas como turismo e infraestrutura e também falaram de estratégias de campanha

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Pré-candidatos discutem caminhos para o Vale chegar ao Congresso
Primeira rodada teve a participação de quatro postulantes às cadeiras no Congresso Nacional (Foto: Mateus Souza)
Lajeado
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O Grupo A Hora abriu, na tarde de ontem, 12, a primeira rodada de debates com pré-candidatos da região às eleições de outubro deste ano. Quatro postulantes ao Congresso Nacional confrontaram ideias, propostas e princípios, e tiveram a oportunidade de se apresentar ao eleitor, numa prévia da campanha que se aproxima.

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A iniciativa faz parte do projeto “Pensar Eleições 2022 – Desperta Vale do Taquari”, promovido pelo A Hora em parceria com a Univates. O objetivo é chamar a atenção do eleitor sobre a importância do Vale voltar a eleger representantes genuinamente locais, tanto para a Assembleia Legislativa quanto para o parlamento federal.

Durante quatro blocos, Ênio Bacci (União Brasil), Felipe Diehl (PL), Leonardo Stephan (União Brasil) e Ricardo Wagner (PTB) responderam perguntas dos mediadores do debate e também tiveram a oportunidade de perguntarem entre si.

Temas como a cadeia produtiva local, infraestrutura, saneamento básico, turismo, logística, estratégias de campanha e atribuições de um deputado pautaram o encontro. A temática que norteia o projeto também foi lembrada no debate, com candidatos abordando a necessidade da região aumentar sua representatividade nas esferas federal e estadual.

“Exército de candidatos”

A grande quantidade de pré-candidatos identificados com a região apareceu já na primeira parte do debate. Questionado sobre este problema, Stephan foi direto. “Nós estamos com um exército de candidatos na região. Nós precisamos de representantes, mas assim não vamos conseguir eleger ninguém”, apontou.

Veterano da política, Bacci foi o último deputado federal nascido no Vale e busca o sexto mandato. Para ele, a região tem potencial para eleger dois a três deputados estaduais. “Já tivemos isso. Não seria nenhuma novidade. E para o Congresso vislumbro que a oportunidade é bem menor. Mas vamos lutar com muita consciência para elegermos um federal nato”, salientou

Planejamento das campanhas

Um dos momentos mais importantes do debate foi quando os candidatos foram provocados a falar sobre como pretendem se eleger e como planejam as campanhas. Bacci acredita as perspectivas dependem muito do tamanho do partido. “A preocupação com eleição não deve ser prioritária agora, e sim o convencimento de que o voto deve ser para o candidato local”.

Diehl ressalta que o Vale tem potencial para eleger até dois deputados federais. Mas admite que o candidato local não pode depender apenas dos votos dos eleitores locais. “Eu vou trabalhar pelo Vale, mas criei articulações em todas as regiões. A pessoa que diz que se elegerá só com os votos do Vale não está falando a verdade”.

Por outro lado, Stephan entende que o Vale precisa abraçar a ideia de voltar a ter representatividade local. “Nós temos 250 mil eleitores. Acredito que temos condições de eleger dois, três deputados. Mas a região tem que querer. As entidades, o poder público, as indústrias, os empresários. E não adianta sair e pedir voto pelo Estado inteiro”.

Wagner avalia que o candidato local precisa ter um desempenho significativo na sua cidade de origem e nos municípios vizinhos. “A grande maioria dos deputados que estão lá hoje se elegeram assim. Alguns chegam a fazer até mais de 50% na sua terra natal. Ou seja, o povo entendeu que precisa concentrar os votos num único candidato nestes locais”.

Trabalho conjunto

Em outra temática, Wagner destacou que o turismo impulsiona a economia em várias regiões e acredita que o Vale tem potencial para desenvolver o setor. “É uma peça chave. Mas ele não se faz apenas em uma cidade. É um conceito que vai muito além de defender uma cidade. É de que a região precisa trabalhar junto”, comentou.

Diehl, quando questionado sobre sua bandeira, disse que defenderá a melhoria na oferta de energia elétrica na região e considera “inadmissível” os problemas enfrentados recentemente. “Não admito que a RGE desrespeite nosso empreendedor. Eles trabalham tanto e ficam com a energia oscilando. Não vou descansar de trabalhar por energia de qualidade”, sustentou.


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