Reajuste eleva diesel em cerca de 40 centavos

preço dos combustíveis

Reajuste eleva diesel em cerca de 40 centavos

Alta de 8,87% nas distribuidoras chega hoje às bombas. Petrobras justifica alteração dos valores para equilibrar preços com o mercado externo

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Atualizado terça-feira,
10 de Maio de 2022 às 08:47

Reajuste eleva diesel em cerca de 40 centavos
Novo aumento no diesel eleva preço em até 40 centavos. Postos estimam vender o combustível a R$ 6,59 (Foto: Nágila Ferreira)
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Os postos de combustíveis reajustam a partir de hoje o litro do diesel em até 40 centavos. O anúncio feito ontem pela Petrobras leva em conta a defasagem em relação à cotação internacional, pressionada pela redução dos estoques. Com o aumento, o litro do combustível pode chegar a R$ 6,59 em postos da região.

A partir do novo preço nas bombas, a diferença em relação à gasolina reduz para 10 centavos e alcança níveis históricos. Com 30 anos de experiência no setor, o empresário e dono de postos, Elton Faleiro, relata desconhecer outro período onde o valor do diesel e da gasolina se equiparam.

“Há poucos dias houve um reajuste de R$ 0,18 e agora esse pode chegar a R$ 0,40. É uma alta que impacta em toda a economia e reflete nos produtos e serviços”, comenta. Diante da instabilidade global em relação ao diesel, a importação do produto ficou mais difícil e a oferta no mercado interno enfrenta restrições.

Donos de postos confirmam a limitação de volume junto às distribuidoras. Conforme a Petrobras, as refinarias operam próximo do nível máximo e o refino nacional não tem capacidade de atender toda a demanda. Em nota, a empresa destacou que pelo menos 30% do consumo brasileiro de diesel é atendido por outros refinadores ou importadores.

Há também temor de nova alta no valor da gasolina. Conforme a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), antes do anúncio da Petrobras, seria necessário um reajuste de 12% para equilibrar a diferença entre os preços no mercado brasileiro e externo.

“O mercado dita as regras”

O impacto da alta do combustível nos demais setores deve ser percebido nos próximos dias. “Por enquanto é difícil fazer projeções, pois não temos como repassar de imediato o custo do frete para nosso cliente, mas é inevitável que todos vamos pagar esta conta”, destaca o diretor de infraestrutura e logística da CIC-VT e presidente da Vale Log, Adelar Steffler.

Na sua avaliação, diante da instabilidade global era esperado que de alguma forma o país fosse atingido. “O mercado dita as regras e quem mais movimenta consegue um preço melhor.”

Neste contexto da união de esforços, cita o cooperativismo. “No nosso caso, conseguimos negociar com as distribuidoras por um preço diferenciado. Essa é uma forma de minimizar os impactos de diferentes fatores”, reitera Steffler.


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