Pesquisa voltada para conhecer a realidade local

RUMO

Pesquisa voltada para conhecer a realidade local

Pensado para ser um documento para ajudar estudantes e empresários na tomada de decisão, o levantamento considera as mudanças no mundo do trabalho, as expectativas dos setores econômicos e dos futuros trabalhadores, bem como as formações mais desejadas nas corporações

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Atualizado terça-feira,
03 de Abril de 2022 às 08:54

Pesquisa voltada para conhecer a realidade local
Encontrar um equilíbrio nas expectativas de empresários e jovens. Essa é uma das conclusões do pesquisador. Para Ahlert, o professor pode ajudar o aluno a conhecer suas aptidões. Crédito: Divulgação
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Ouvir estudantes e empresários para conhecer as necessidades em termos de qualificação, área de trabalho e expectativas de ambos os públicos para o futuro. Nesta base se sustenta a pesquisa “RUMO”.

Coordenador do estudo, o economista e professor universitário aposentado, Lucildo Ahlert, desenvolveu um método específico para o Vale do Taquari. “Nosso objetivo é conhecer as preocupações e propor soluções”, diz.

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Para chegar no formato, o primeiro passo foi entrevistar empresários. Nestas conversas surgiram as questões fundamentais para formatação estatística. Na prática, a “RUMO” traz consigo três linhas de pesquisa: qualitativa (entrevistas com 29 empresários) e quantitativa com diretores e donos de negócios (206 questionários respondidos), por fim com os 604 alunos dos 2º e 3º anos do Ensino Médio.

Nestes dois públicos, mais contrastes do que conexões. Para Ahlert, na maioria das escolas ainda há um direcionamento dos jovens para prepará-lo ao vestibular. “Para os alunos, parece que a vida só começa depois dos estudos. Só depois do Ensino Médio é que vão pensar no que fazer.”

Por parte dos empresários, também percebe uma certa distância em compreender e se comunicar com as novas gerações. “É preciso ver aspectos positivos mesmo na dificuldade. Encontrar soluções para atrair os talentos e fazerem com se sigam na empresa.”

Os detalhes presentes na pesquisa trazem um cenário preocupante, ressalta Ahlert. Na avaliação dele, é preciso antecipar a preparação do jovem para o mundo do trabalho. “Os jovens se formam com muitas dúvidas. Talvez uma formação técnica concomitante faça com que eles tenham mais clareza.

O vácuo de profissionais com qualificação passa por diversas atividades. Além das funções na área tecnológica, existe carência em profissões tradicionais, como vendedores e mecânicos

Diversas conclusões para um objetivo

Diante da amplitude das informações presentes no estudo “RUMO”, o pesquisador aponta algumas linhas centrais possíveis para interpretar o material. A começar pelo sistema de ensino, junto com a relação professor\aluno.

“Há uma carência na escola em auxiliar o jovem a conhecer suas aptidões. Ele precisa experimentar, errar e acertar. Neste processo, o professor é muito importante. É ele que vai indicar os caminhos, ajudar esse aluno a se conhecer.”

Como referência, lembra de instituições em áreas rurais, com metodologias de aprender pelas experiências. “Só o conhecimento teórico não cria envolvimento. O aluno diz que a aula é chata porque não encontra significado na vida com aquilo que está aprendendo.”

O pesquisador chama atenção para as respostas do aluno à respeito das avaliações. Conforme Ahlert, os estudantes destacam a atuação daqueles professores que ajudam a apontar potenciais e carências. “Mestres com empatia, que ajudam o aluno a ver seus erros, são os mais desejados pelos alunos.”

Empresas abertas para inovar

Conhecer as características locais, o perfil da mão de obra e as aptidões das equipes são conceitos fundamentais os negócios. Estes três apontamentos, na avaliação de Ahlert, servem como um norte para gestores, diretores e proprietários das empresas.

Uma das experiências desenvolvidas chamou atenção do pesquisador. “Um empresário de São Paulo chegou na região. A ideia dele era contratar só pessoas com experiência. Precisava de trabalhadores para contato com o público. Quando começou a seleção, não tinha esse tipo de mão de obra.”

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Foi por meio da observação dos candidatos, da faixa etária, dos gostos e preferências desse público, encontrou um formato para facilitar o treinamento dos trabalhadores.

Detalhes sobre a construção dos questionários

  • A entrevista com 29 empreendedores serviu de base para elaboração das perguntas à parte quantitativa do estudo;
  • Foram selecionadas empresas de diferentes setores, incluindo indústria, comércio, construção civil e serviços;
  • A análise considerou também o porte de cada empresa, de 500 até 8 funcionários;
  • As entrevistas ocorreram do dia 1º de outubro até 27 de dezembro de 2021.


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