Descaso com escola sem banheiro motiva protesto neste sábado

ESCOLA CARLOS FETT FILHO

Descaso com escola sem banheiro motiva protesto neste sábado

Organizado por ex-alunos e pais de estudantes, ato reivindica construção de um novo prédio, prometido há 16 anos

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Atualizado sábado,
30 de Abril de 2022 às 08:40

Descaso com escola sem banheiro motiva protesto neste sábado
Para ir ao banheiro, os estudantes precisam acessar, pelos fundos do terreno, o banheiro do CTG Raízes do Sul
Lajeado

Para ir ao banheiro, os 172 alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Carlos Fett Filho, no bairro Moinhos, precisam sair da escola e, pelo acesso nos fundos do terreno, se deslocar até o CTG Raízes do Sul, que fica ao lado da instituição. Alguns deles têm aula dentro do centro tradicionalista, em contêineres. Essa é uma situação que se arrasta há anos e motiva o protesto que ocorre neste sábado, 30, em frente ao Posto Faleiro.

A escola era formada por duas “brizoletas”, antigas estruturas de madeiras. Diante do aumento de matrículas, o Estado garantiu, há cerca de 16 anos, um novo espaço de dois pisos, capaz de atender a crescente demanda. Um dos prédios, onde funcionavam os banheiros, o refeitório, a biblioteca e algumas salas de aula foi destruído em 2014, e a promessa de uma nova construção nunca foi cumprida.

O protesto é uma iniciativa da comunidade escolar. “Fizemos uma visita para uma doação, e vimos a situação deplorável da escola. Resolvemos nos unir para tentar ajudar de alguma forma”, conta Candido Roberto dos Santos, também ex-aluno da instituição. A expectativa é que o ato mobilize 200 pessoas e ocorra mesmo com chuva.

O ex-monitor da escola, Paulo Roberto Schneider, destaca a importância do projeto ser feito antes que o Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) vença e o planejamento se arraste por mais tempo. “Ou sai logo ou a gente sabe que vai cair na rotina e nunca mais sair”, afirma.

Conforme a diretora da escola, Eloísa Franz, a instituição está em constante contato com a 3ª Coordenadoria Regional de Educação (Cre), para saber sobre o andamento do processo. “Para nós, a falta de estrutura que comporte estes espaços é o principal problema”, destaca.

Trancado na Secretaria de Obras

De acordo com a coordenadora da 3ª CRE, Cássia Benini, a futura estrutura deverá abrigar salas de aula, refeitório, cozinha e sanitários. A demanda foi passada para a Secretaria Estadual de Educação e para a Secretaria Estadual de Obras.

“Nós fizemos todos os procedimentos de encaminhamento, agora esse processo não está mais sob o nosso domínio”, diz Cássia.

Conforme informações da Secretaria de Obras e Habitação, a previsão é de que em três meses os “elementos técnicos” sejam colocados em licitação. “O projeto desta escola está finalizado, e estamos adequando o orçamento”.

Enquanto esperam

Durante este período, foram feitas melhorias na escola, por meio de um Recurso Extraordinário do estado. A coordenadora destaca que, além da regularização do PPCI, os professores passaram por curso de brigadista, entre outras ações. Ela afirma que ainda não há previsão para a obra iniciar.

Caso o protesto deste fim de semana não dê resultados, a comunidade já está organizada para seguir com ações de reivindicação. Conforme Santos, é possível que o processo passe a envolver o Ministério Público e a Justiça.


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