Desafios ambientais exigem soluções coletivas e inovadoras

Meio Ambiente

Desafios ambientais exigem soluções coletivas e inovadoras

Debate mostrou exemplos de empresas na região que pensam o desenvolvimento econômico alinhado à sustentabilidade ambiental

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Atualizado segunda-feira,
16 de Abril de 2022 às 16:35

Desafios ambientais exigem soluções coletivas e inovadoras
Debate Viver Cidades. Crédito: Júlia da Cunha

Eficiência no uso dos recursos, reaproveitamento de materiais e o cuidado com a destinação de resíduos da cadeia produtiva. O debate do projeto Viver Cidades dessa terça-feira, 26, contou com representantes que buscam esses propósitos no dia a dia e tornam a produção do Vale do Taquari mais sustentável.

O estúdio da Rádio A Hora, em Lajeado, recebeu ontem o diretor da empresa Folhito, Rodolfo Lanius, o diretor comercial da M2K, Ricardo Kober, e a sócia-administradora da Reinigend Tecnologia em Higienização, Gicele Mylius.

Na região, as companhias atuam em Estrela, Lajeado e Teutônia. As organizações transformam um problema antigo de destinação de resíduos em solução para o aumento da produtividade. A Folhito Fertilizantes Orgânicos, por exemplo, recebe resíduos da cadeia frigorífica e transforma em adubo.

De acordo com Lanius, os materiais são divididos em dois grupos. Uma parte são transformados em composto orgânico. Outra parcela são materiais líquidos que podem, por meio da compostagem, se transformar em fertilizante orgânico.

Apesar dos avanços em relação às criações tradicionais de proteína animal, o processamento dos materiais ainda é um desafio para a produção agropecuária.

“A gente fica muito contente em ser parte da solução para esses resíduos”, declarou Rodolfo Lanius.

Essa responsabilidade, porém, não é exclusiva das organizações empresariais. Segundo os debatedores, a destinação e separação correta de lixo e a preferência por produtos biodegradáveis são atitudes fundamentais ao desenvolvimento sustentável que cabem a todos os indivíduos.

Tendência internacional

Os painelistas convergem sobre a responsabilidade conjunta de preservação do meio ambiente. As tecnologias usadas para aumentar a produção atrelada a sustentabilidade ambiental ainda são caras e mais difundidas na Europa. No entanto, atitudes simples podem ser tomadas por todos os indivíduos.

Ricardo Kober, lembrou que a sustentabilidade das empresas vai além cuidado ambiental. “Diz respeito ao meio ambiente e a todas as práticas trabalhistas ou de responsabilidade fiscal, que os empresários hoje são imputados”, afirmou.

Ele usou como exemplo a Alemanha para mostrar como as regras das nações podem contribuir em práticas sustentáveis. No país europeu, os clientes de mercados deixam no estabelecimento boa parte das embalagens de papelão para evitar gastos no descarte.

“A população brasileira paga pouco pelo descarte. O custo do lixo no Brasil e na Europa é muito diferente”, disse Kober.

Kober destaca a importância redução da produção de lixo tornaria. Com a separação adequada dos resíduos e compostagem dos orgânicos, os depósitos poderiam muito menos lixo. Essas atitudes poderiam dobrar a vida útil dos aterros.

Destinação responsável

A M2K trata chorume de centrais de tratamento de lixo no RS e mais dois estados. A degradação do material a substância que pode ser danosa aos lençóis freáticos.

Um dos espaços de trabalho da empresa, o aterro de Lajeado. recebe hoje 60 toneladas de lixo por dia, dos quais apenas 3% são recicláveis. De acordo com Kober, o trabalho seria mais eficiente.

Já Gicele Mylius destacou a preferência dos consumidores por alimentos prontos e embalados. Ela afirma que a empresa busca alternativas biodegradáveis e orienta os clientes a um consumo mais consciente durante a produção. “A empresa participa da educação das pessoas”.

Cuidado com a água

Gicele também explicou como a química pode atuar de forma a encontrar soluções ambientais. Na higienização da cadeia frigorífica, por exemplo, o objetivo é reduzir o uso de água e aumentar os produtos biodegradáveis. “Nosso olhar está no desenvolvimento de produtos que sejam mais degradáveis. E também um olhar na crise hídrica com menos uso de água nesse processo”.


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