“A aposta de investir no Vale do Taquari foi acertada”

O Meu Negócio

“A aposta de investir no Vale do Taquari foi acertada”

Desde a abertura da agência em Teutônia, em 2019, a Cresol Essência expandiu atuação e chegou também a outros quatro municípios da região. Trajetória da cooperativa, que surgiu no Paraná, foi destacada no programa “O Meu Negócio” desta semana

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“A aposta de investir no Vale do Taquari foi acertada”
Natural de Santo Cristo, Riffel destaca receptividade da comunidade à Cresol. Primeira agência no Vale completou três anos de abertura neste mês
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Cooperativa fundada em 1995, no interior do Paraná, a Cresol chegou ao Vale do Taquari em 2019. Em meio a um mercado competitivo, com outras instituições de crédito consolidadas, também encontrou o seu espaço. Superou as incertezas da pandemia e expandiu sua atuação. Hoje, está presente em cinco municípios da região.

A trajetória da cooperativa foi tema de entrevista na edição desta semana de “O Meu Negócio”. O convidado foi o gerente comercial da Cresol Essência, Rodrigo Emanuel Riffel. Em conversa com o apresentador Rogério Wink, também lembrou de como ingressou na Cresol, bem como abordou a força do sistema cooperativista.

Natural de Santo Cristo, região do noroeste do Rio Grande do Sul, Riffel vem de uma família que atua até hoje na produção leiteira. Segundo ele, o município se assemelha com localidades do Vale do Taquari pela vocação no setor agropecuário, pois é o maior produtor de suínos e de leite do Estado.

“A cultura do agro é bem similar a que temos no Vale. Mas a região aqui, pela densidade populacional maior, também tem uma gama de empreendimentos muito grande. Lá, a economia gira em função da própria agricultura, com algumas poucas empresas”, salienta.

Riffel fez sua formação em Santa Maria, inicialmente no curso Técnico em Agropecuária da UFSM, e depois Gestão de Cooperativas. “No início eu pensava em fazer Veterinária. Mas também me identifiquei com essa área do cooperativismo. Ainda fiz duas pós-graduações. Busquei um conhecimento mais específico”, recorda.

ENTREVISTA | Rodrigo Emanuel Riffel, gerente comercial da Cresol Essência

“Usamos expressões que identificam nossas origens para nomear as cooperativas”

Wink: Como foi a tua entrada no ramo cooperativista?
Riffel: Quando estava no Colégio Politécnico da UFSM, tive a oportunidade de participar da Cooperativa-Escola. Comecei como tesoureiro e depois fui presidente. E de lá, comecei a trazer essa “cachaça” do cooperativismo para a minha veia. Assim começou minha identificação com o tema. O curso técnico me deu uma vivência muito ampla.

Wink: E como você chegou até a Cresol?
Riffel: Iniciei com o estágio não-remunerado da graduação, em 2012, para depois fazer o trabalho de conclusão do curso. Acho que agradei (risos). Talvez tive um pouco de sorte, pois um colaborador saiu na época. Aí tive a oportunidade de permanecer na cooperativa. Uma porta se abriu e pude iniciar minha trajetória. Lá, muitos colaboradores começaram como estagiários ou no programa de Jovem Aprendiz, conseguiram mostrar trabalho, empenho e evoluiram dentro da cooperativa.

Wink: A Cresol tem um projeto para formação dentro do sistema cooperativista. Como isso funciona?
Riffel: Temos um instituto de formação, que é administrado pela Cresol Confederação, sediada em Florianópolis. Há cursos internos e o colaborador tem acesso a informações técnicas e específicas para o dia a dia. E, para o público de associados, há uma gama de cursos que buscam trabalhar temas como a questão cooperativista, financeira, temas de interesse da comunidade como um todo.

Wink: Quando foi fundada a Cresol?
Riffel: Ela foi fundada no oeste paranaense, na cidade de Dois Vizinhos, região de Francisco Beltrão. Isso foi em 1995. Nos dois, três primeiros anos de atividades, se concentrou naquela região. Depois, se expandiu para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Aqui no RS, as mais antigas são de 22, 23 anos atrás. E a Cresol Essência, que está aqui no Vale, nasceu em 2003.

Wink: Por que a Cresol daqui leva o nome “Essência”?
Riffel: No início, usávamos o nome da cidade para identificar a cooperativa. Mas, com o tempo, houve uma grande expansão, aí optamos por mudar os nomes. Escolhemos expressões que identificam as origens do cooperativismo. No nosso caso, usamos a palavra “essência”, que tem uma história e simbologia por trás. Cada cooperativa tem vida própria. Segue o padrão de marca, mas tem autonomia para várias questões e rumos que efetivamente quiser tocar.

Wink: Qual foi a primeira agência no Vale e por que escolheram a região?
Riffel: Abrimos uma agência em Teutônia em abril de 2019. Era um local considerado estratégico para cravarmos nossa primeira bandeira aqui. Na sequência, fomos ao Vale do Caí, e ampliamos a atuação no Vale do Taquari. Primeiro com Lajeado. Depois Arroio do Meio, Encantado e, mais recentemente, Estrela. Estamos muito felizes com a aceitação. Tínhamos insegurança no começo, e ainda enfrentamos a pandemia. Mas todas as agências encontraram um ponto de equilíbrio. Isso demonstra que, para nós, a aposta de investir no Vale foi acertada.

Wink: Qual a participação das cooperativas de crédito no sistema financeiro?
Riffel: Hoje, mais de 80% do sistema está concentrado em cinco instituições: Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Itau e Santander. O Banco Central quer que as cooperativas de crédito cheguem a 20% até 2023. Estamos em 10%, 11% hoje, mas dá para duplicar isso. Se pegarmos a região Sul, a participação de mercado é um pouco maior.

Wink: Quais os grandes pilares do cooperativismo de crédito?
Riffel: Ele surgiu a partir da ideologia e o trabalho do Padre Theodoro Amstad. Inicialmente, começou por Nova Petrópolis, mas foi muito além. Lá em Santo Cristo, tivemos por muito tempo a Caixa Rural, por exemplo. Por onde o padre passou, esse tipo de iniciativa foi fomentada. Isso trouxe muitos frutos positivos para a sociedade, que é essa semente do cooperativismo.


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